Faltam 4 mil professores na província de Luanda
O ensino básico e médio em Luanda tem um défice de quatro mil professores. Os números foram avançados no Dia Nacional do Educador
O director do Gabinete Provincial de Educação de Luanda, André Soma, afirmou ontem que há um défice de quatro mil professores em Luanda, salas de aula e de material didáctico. Os exames do ensino geral começam a 18 de Dezembro e André Soma espera um aproveitamento de 75 por cento dos dois milhões de alunos matriculados no presente ano lectivo. A ministra da Educação, Cândida Teixeira, disse que o sector que dirige vai, a partir de agora, implementar uma nova política de formação de professores e de apoio pedagógico..
de Luanda tem um défice de quatro mil professores, que caso sejam admitidos, deverão ajudar a colocar 40 mil crianças que se encontram fora do sistema de ensino.
O director do Gabinete de Educação de Luanda, André Soma, que prestou a informação, no acto que marcou os festejos do Dia do Educador, celebrado ontem, salientou que foram já apresentadas as necessidades de enquadramento de mais professores ao Ministério de tutela.
Em seu entender, a satisfação dessa necessidade está dependente da política geral do Executivo, que deverá anunciar quando e como enquadrar os novos professores.
Segundo André Soma, algumas escolas de Luanda têm dificuldades de carteiras, quadros e materiais didácticos. Outras, por estarem degradadas, precisam de reabilitação completa, enquanto outras precisam apenas de reabilitação parcial. O director do Gabinete da Educação em Luanda, disse que as escolas da província estão a funcionar em pleno, apesar da falta de material, o que o leva a acreditar que o ano lectivo 2017 vem a terminar com cerca de 75 por cento de aproveitamento.
André Soma acha que a percentagem de aproveitamento não é suficiente ,porque, em seu entender, "vê-se muitas crianças com pouca qualidade, por isso, estamos a trabalhar para que percentagem numérica corresponda com a qualidade que todos nós almejamos". Formação e apoio pedagógico na mira da ministra
A ministra da Educação, Maria Cândida Teixeira, disse ontem, em Luanda, que o seu sector vai, a partir de agora, implementar uma nova política de formação de professores, apoio pedagógico e incentivos ao seu desempenho, visando a elevação das suas habilidades e maior dedicação ao trabalho. Maria Cândida Teixeira que discursava por ocasião do Dia Nacional do Educador, assinalado ontem, frisou que a capacitação contínua dos professores é um imperativo para que estes quadros se sintam cada vez mais valorizados e contribuam para a melhoria significativa do ensino primário e secundário no país.
“Porque educação de qualidade exige professores bem formados, e para isso, estes docentes precisam ter em posse todas as ferramentas necessárias para desempenharem condignamente a sua nobre missão de ensinar”, sublinhou a ministra da Educação.
A ministra fez também uma chamada de atenção aos gestores de escolas, para trabalhar com vista a introduzir inovação na sua actividade diária, dando primazia ao mérito e à valorização do desempenho dos professores .
Segundo Maria Cândida Teixeira, para se atingir a qualidade à nível do ensino, é necessário que se elimine o espírito de rotina, a acomodação profissional, que se tem observado em muitas escolas. “Em relação aos tutores que acompanham os estágios pedagógicos, estes devem igualmente estar devidamente qualificados, a fim de orientarem bem os estagiários, evitando assim que certifiquem pessoas sem o perfil almejado” acentuou a ministra.