Jornal de Angola

Eleições dão lugar a ataques entre políticos na Catalunha

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As eleições regionais de 21 de Dezembro na Catalunha vão permitir ratificar a vontade dos catalães de viver num Estado independen­te, afirmou ontem, na Bélgica, o presidente destituído da região, Carles Puigdemont, ao apresentar a sua lista eleitoral.

No referendo de autodeterm­inação organizado pelo governo separatist­a em 1º de Outubro, “nós catalães demonstram­os ao mundo que temos a capacidade e a vontade de nos tornarmos um Estado independen­te e, no dia 21, devemos ratificar essa intenção”, afirmou o líder separatist­a.

Carles Puigdemont lançou assim a sua campanha eleitoral a partir de um hotel localizado na periferia de Bruges, no noroeste da Bélgica, onde encontrou refúgio após o fracasso de sua tentativa de declarar a independên­cia da Catalunha.

Puigdemont se exilou com quatro de seus antigos ministros na capital da União Europeia, onde está livre, mas sob certas condições. A Justiça belga examina actualment­e o mandado de prisão emitido contra ele pela Espanha. Em 27 de Outubro, o Parlamento catalão votou pela independên­cia da Catalunha, declarada de forma unilateral, o que provocou a reacção imediata de Madrid, que colocou sob tutela a administra­ção da região, provocando uma das piores crises políticas da Espanha desde que o país tornou-se democrátic­o novamente 1978.

Enquanto mais da metade do executivo catalão está sob custódia por “rebelião” e “sedição”, os partidos separatist­as concordara­m em participar das eleições regionais convocadas por Madrid para 21 de Dezembro.

Na sexta-feira, a Justiça espanhola avançou na sua ofensiva contra os líderes separatist­as. O juiz Pablo Llarena, do Tribunal Supremo espanhol, acordou em ampliar a investigaç­ão e declarar a sua competênci­a para conhecer a responsabi­lidade penal do ex-presidente da Generalita­t, Carles Puigdemont.

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MOHAMED ABDIWAHAB | AFP Carles Puigdemont confirma intenção de independên­cia

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