Autoridade bancária mantém os juros
O Banco Central da África do Sul decidiu quinta-feita manter a taxa básica de juros inalterada em 6,75 por cento, noticiou a imprensa daquele país. O presidente da autoridade monetária, Lesetja Kganyago, citou a pressão inflacionária dos preços mais altos do petróleo e o enfraquecimento do câmbio como justificativas para a decisão.
A manutenção dos juros foi comunicada um dia do prazo final para as principais agências de classificação de risco tomarem decisões sobre a nota de crédito do país.
O Banco Central da África do Sul publicou também projecções para a economia que apontam para a de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,7 por cento este ano, corta a previsão de expansão do PIB em 2018 de 1,3 para 1,2 por cento e a de 2019 foi de 1,7 por cento para 1,5 por cento.
Espera-se que a inflação permaneça entre 3,00 e 6,00 por cento nos próximos anos, chegando a 5,2 este ano, a mesma percentagem em 2018 e 5,5 por cento em 2019.
Nota de risco
Naquele mesmo dia, a agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou o rating de longo prazo e em moeda estrangeira da África do Sul em BB+, com perspectiva estável.
Em comunicado divulgado, a Fitch comenta que a nota da África do Sul é limitada pelo baixo crescimento, pela considerável dívida pública e pelos passivos contingentes, além da deterioração dos padrões de governança.
“Essas deficiências são equilibradas por uma estrutura favorável da dívida pública, mercados de capitais locais sólidos e taxa de câmbio flexível, que ajuda a absorver os choques externos”, aponta a agência.
Para a Fitch, a reafirmação da nota em BB+ reflecte medidas de consolidação fiscal potenciais que podem mitigar uma série de desenvolvimentos que apontam para uma perspectiva fiscal mais fraca e, consequentemente, um ritmo mais rápido de acumulação de dívidas.