Presidente rejeita resgate económico
A Namíbia não solicita resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou do Banco Mundial, mesmo nas condições de uma derrapagem económica, declarou quintafeira o Presidente daquele país, Hage Geingob, aos delegados de uma conferência da Swapo, o partido no poder.
Hage Geingob, que lidera uma economia que foi baixada para a classificação “junk” ou “lixo” pelas agências de notação Moody's e Fitch, tem como rivais na disputa para a presidência da Swapo rivais de longa data como o actual ministro dos desportos, Jerry Ekandjo, e antigo primeiro-ministro Nahas Angula.
A economia do país da África Austral viu o crescimento económico abrandar de forma severa de 5,00 por cento nos últimos cinco, para 0,2 no ano passado, mas Hage Geingob afirmou que se os ex-Presidentes Sam Nujoma e Hifikepunye Pohamba não procuraram o auxílio das instituições de Bretton Woods (o FMI e o Banco Mundial), também não se desviará dessa linha.
“A única maneira de manter a nossa soberania económica, é a manutenção de uma gestão fiscal, assegurando que cada centavo do dinheiro dos contribuintes seja gasto de forma responsável e efectiva”, declarou o Presidente.
A economia da Namíbia cresce 1,6 por cento este ano e o dobro em 2018, com o sector da mineração a emergir de anos de contracção e a redução do impacto de uma severa seca sobre a agricultura, declarou o ministro das Finanças da Namíbia, Calle Schlettwein, no início deste mês.