Jornal de Angola

Epal admite dificuldad­es no fornecimen­to de água

- Victorino Joaquim

O presidente do Conselho de administra­ção da Empresa Pública de Águas (EPAL) Leonildo Ceitas, admitiu ontem, em Luanda, que a empresa não tem capacidade de produção para garantir o fornecimen­to contínuo de água a toda província.

Leonidio Ceitas, que falava num encontro com jornalista­s, disse que as principais estações de captação e tratamento de água estão a funcionar abaixo da sua capacidade, devido a problemas no funcioname­nto dos equipament­os.

Dos mais de 700 mil metros cúbicos necessário­s para abastecer a província de Luanda, precisou Leonidio Ceitas, apenas 450 mil são produzidos e distribuíd­os para o consumo das famílias. “Este nível de produção não é suficiente para abastecer a província de Luanda em toda a sua extensão”, disse.

Para minimizar a situação, sublinhou, a EPAL tem efectuado uma distribuiç­ão racional. Leonidio Ceitas garantiu que tudo está a ser feito para melhorar a situação. Referiu que desde 2013, estão a ser feitos trabalhos que incluem a reabilitaç­ão e ampliação dos centros de distribuiç­ão da Maianga, do Marçal, Cacuaco, Cazenga e do Kifangondo. Este trabalho envolve a mudança de algumas tubagens.

Leonidio Ceitas sublinhou que os projectos Bita e Quilonga Grande, a serem concluídos em 2020, “são a grande esperança para a solução do problema de água em Luanda”.

A partir do próximo ano, a EPAL vai começar a colocar contadores pré-pago, para evitar a cobrança por estimativa, como acontece actualment­e.

Sobre a má qualidade da água, Leonidio Ceitas responsabi­liza os garimpeiro­s que na calada da noite criam furos na tubagem. “Toda a água que fica em volta do furo, depois do corte escoa para dentro da tubagem e chega até ao domiciliou” justificou. Garantiu que a água produzida pela EPAL é de qualidade e obedece às normas internacio­nais”, acrescento­u.

Ligações domiciliar­es

O projecto das 700 mil ligações domiciliar­es, iniciado em Abril de 2012, termina em Dezembro deste ano, tendo sido executado na ordem dos 80 por cento. Segundo o engenheiro João Bussuco, o prejecto beneficiou mais de dois milhões de habitantes. Até ao momento foram feitas cerca 540 mil ligações domiciliar­es.

O director interino de Distribuiç­ão de Água, engenheiro Kelson Domingos, procedeu à apresentaç­ão do Projecto Luanda Gravita, que prevê o abastecime­nto por sistema de gravidade, baseando no aproveitam­ento dos pontos mais altos.

Responsáve­is da EPAL acreditam que, com este sistema, o abastecime­nto será mais confiável, menos oneroso e o fornecimen­to deixará de ser por meio de energia eléctrica.

O projecto ainda está em fase de estudo.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente do Conselho de Administra­ção admite falhas no fornecimen­to de água

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