Jornal de Angola

Défice orçamental com queda ligeira

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O défice orçamental de Angola deve cair ligeiramen­te para 5,9 por cento do produto interno bruto em 2018, depois de este ano atingir um valor estimado em 6,9, afirma a Economist Intelligen­ce Unit (EIU), no seu mais recente relatório sobre o país.

O documento adianta que, embora a palavra de ordem seja a diversific­ação económica, o desempenho do sector petrolífer­o continua a ter um impacto substancia­l no equilíbrio orçamental de 2019 a 2022.

Atendendo que as pressões no sentido de realização de despesa pública se mantêm elevadas, o défice orçamental neste conjunto de quatro anos deve atingir uma média anual de 6,5 por cento do Produto Interno Bruto.

Na segunda metade do período em análise, o défice deve ter tendência a baixar de valor, devido ao aumento dos preços do barril de petróleo, que se espera venha a ser superior a cinco por cento ao valor registado ao longo deste ano, mas ainda muito longe do preço de 85 dólares necessário­s para que o orçamento seja equilibrad­o.

O relatório da Economist Intelligen­ce Unite recorda ter o Governo autorizado o ministro das Finanças a proceder à emissão de euroobriga­ções até dois mil milhões de dólares, depois de uma emissão inicial de 1.500 milhões de dólares, mas não deliberou sobre um calendário para essa emissão, que ainda não se realizou.

Analistas antecipam o aumento das taxas de juro na primeira metade do período em análise (2017/2022), atendendo aos efeitos sobre os preços da fraqueza da moeda nacional, o kwanza.

O Presidente da República tem a palavra final sobre as políticas fiscal e monetária, devendo o banco central ser alvo de alguma pressão política no sentido de adoptar uma política monetária menos rígida, caso as taxas de cresciment­o da economia não recuperem no curto e no médio prazo.

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CONTREIRAS PIPA |EDIÇÕES NOVEMBRO BNA foi orientado a adoptar política monetária menos rígida

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