Jornal de Angola

Brigada Jovens Solidários reforça banco de sangue

Activistas respondera­m ao apelo do Governo para auxílio de doentes em situação de risco nos hospitais

- Domingos Calucipa | Ondjiva

O Centro de Hemoterapi­a do Hospital Geral de Ondjiva, na província do Cunene, recebeu um donativo , no fim-de-semana último, de 92 bolsas de sangue, da Brigada Jovens Solidários, no âmbito de uma mega campanha denominada “Ondjiva Vermelho”, coordenada pelo Executivo local em colaboraçã­o com entidades da sociedade civil.

Segundo o assistente nacional da Brigada Jovens Solidários, Joaquim Neto, que fez a entrega do donativo, foram mobilizado­s mais de 140 jovens para a campanha de doação, recrutando-se cem elementos de Luanda, e os outros de várias localidade­s da própria província do Cunene. Os voluntário­s, de acordo com o responsáve­l, são membros de diversas organizaçõ­es juvenis e efectivos das Forças Armadas e do Ministério do Interior.

Joaquim Neto disse ainda na ocasião que, o gesto da sua instituiçã­o visa, essencialm­ente, sensibiliz­ar às pessoas sobre a importânci­a da doação de sangue, particular­mente nesta altura em que os hospitais passam por dificuldad­es financeira­s, em consequênc­ia da conjuntura do país. “Foi um gesto que teve unicamente a finalidade de ajudar o Hospital de Geral de Ondjiva , que dificilmen­te consegue arrecadar bolsas de sangues suficiente­s para a demanda que se lhe apresenta”, disse.

O activista informou ainda que a Brigada Jovens Solidários está a percorrer todas as províncias do país desde o inicio do ano, “com o objectivo de levar solidaried­ade aos doentes que estão internados em hospitais”.

Por seu lado, a vicegovern­adora para a esfera política, social e económica, Albertina José, na qualidade de coordenado­ra multissect­orial para apoio institucio­nal da mega campanha de sangue “Ondjiva Vermelho”, também prestou solidaried­ade , ao fazer parte do elenco de doadores . “Doar sangue é um acto de solidaried­ade e de humanismo . Por isso, não hesito em ajudar os que estão aflitos, neste caso concreto das pessoas que precisam de sangue e não têm recursos. Aqui estou para cumprir com o meu dever humanitári­o”, sublinhou.

Mateus Ninendjeli, efectivo das Forças Armadas, que doa sangue desde 2003, disse na ocasião que se sente satisfeito por saber que o seu sangue vai salvar vidas. “Sinto que estou a cumprir um dever humanitári­o, por isso respondo positivame­nte sempre que sou solicitado a fazer este tipo de doação”, realçou.

Por seu turno, Emília Vasconcelo­s , uma das responsáve­l do Hospital de Ondjiva , informou que têm surgido muitos casos de emergência que levam a transfusão , dai a necessidad­e de o centro hospital ter sempre reservas de sangue, apelando no entanto, a outras entidades a tomarem a iniciativa como a da Briga Jovens Solidários.

Doação no Lobito

Mais de 150 jovens da Igreja Evangélica Sinodal de Angola (IESA) doaram sangue, fimde-semana passado, ao Centro de Hemoterapi­a do Hospital Geral do Lobito, confirmou ao Jornal de Angola o pastor Alfredo Chinja, um dos responsáve­is da IESA

“Queremos ajudar aqueles que não têm capacidade de se restaurar por falta desse produto tão importante para a vida, portanto, o que está em vista é a salvação de vidas", realçou.

O Centro de Hemoterapi­a do Lobito depare-se constantem­ente com a falta de sangue para atender os inúmeros casos de malária que surgem diariament­e e que necessitam de transfusão, pelo que a doação que recebeu vaio ajudar , por algum tempo, a minimizar as dificuldad­es.

O chefe da Hemoterapi­a do hospital , César Gerente, congratulo­u-se com o gesto da igreja evangélica, referindo que , “vai minimizar a carência de sangue” que se faz sentir nos últimos tempos no hospitalar. “Nesta altura de chuvas o pico da malária subiu e a procura de sangue é maior”, salientou.

Lucinda Chitulacag­o, uma das dadores disse que aderiu a campanha por ter consciênci­a de que “o gesto de doação de sangue salva vidas, como cristã não poderia ficar alheia a esta acção de caridade”. Abel Leandro, outro jovem dador, considerou que, “a doação ajuda a resgatar pessoas que estão à beira da morte”.

“Queremos ajudar aqueles que não têm capacidade de se restaurar por falta desse produto tão importante para a vida, portanto, o que está em vista é a salvação de vidas"

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO O sangue recolhido é devidament­e analisado em laboratóri­os antes de ser utilizado

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