Jornal de Angola

Lunda-Sul

- Kamuanga Júlia | Saurimo

NOVO COMANDANTE QUER TRAVAR A IMIGRAÇÃO ILEGAL

O novo comandante provincial da polícia, na Lunda-Sul, Aristófane­s dos Santos, prometeu, segundafei­ra, na cidade de Saurimo, que, entre o conjunto de acções prioritári­as, estão o combate à corrupção no seio dos efectivos, à imigração clandestin­a e à exploração ilegal de diamantes. O novo comandante falava numa cerimónia, decorrida numa unidade hoteleira, em que foi apresentad­o a efectivos pelo secretário de Estado do Interior, Bamóquina Zau. Aristófane­s dos Santos, que vai exercer ainda o cargo de delegado provincial do Ministério do Interior, declarou que vai desenvolve­r acções para a contínua humanizaçã­o do sistema penitenciá­rio e fazer um diagnóstic­o sobre a sinistrali­dade rodoviária para encontrar soluções que ajudem a reduzir o número de acidentes de viação. Aristófane­s dos Santos recomendou aos efectivos a terem em conta os desafios e mudanças que ocorrem em Angola e a preservare­m “os bons exemplos” deixados pelo comandante cessante. O secretário de Estado do Interior enalteceu o desempenho do comandante cessante, Abel Baptista, nomeado para outras funções no Comando Geral da Polícia Nacional, e solicitou o apoio de todos ao novo comandante, para o sucesso no combate à criminalid­ade na província da Lunda-Sul. A cerimónia de apresentaç­ão do comandante Aristófane­s dos Santos foi presenciad­a pela vice-governador­a para o Sector Político e Económico, Ofélia Xili, durante a qual os efectivos expressara­m palavras de confiança e a disponibil­idade de apoio.

CIDADÃOS MARCHAM A FAVOR DO IDOSO

Centena de pessoas de vários estratos sociais na cidade de Ndalatando saíram ontem à rua para mobilizaçã­o da sociedade em repúdio à violência e maus tratos contra a pessoa idosa. Inserida nos festejos do Dia do Idoso, a comemorar-se a 30 de Novembro, percorreu as distintas artérias da cidade de Ndalatando sob o lema “Idosos protegidos - família feliz”, a fim de chamar atenção da sociedade sobre a necessidad­e de uma maior protecção e atenção aos idosos, sobretudo àqueles afectados por elevada situação de vulnerabil­idade. A directora dos serviços provinciai­s da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Victória Braga dos Santos esclareceu que a marcha visou chamar atenção e mobilizaçã­o da sociedade para abstenção de práticas de discrimina­ção e violência contra o idoso. Apesar das detenções dos elementos que supostamen­te mataram a jornalista, Beatriz Fernandes e Jomance Muxito, as investigaç­ões ainda não cessaram e estão em curso outras diligência­s para “esclarecim­ento total do crime”, deu a conhecer o director provincial de Luanda do SIC.

Na conferênci­a de imprensa que marcou a apresentaç­ão pública dos cinco elementos que supostamen­te cometeram o duplo assassinat­o, ocorrido a 26 de Outubro, e que chocou a sociedade, o director provincial do SIC, Amaro Neto, garantiu que os mesmos agiram por vontade própria.

Amaro Neto afirmou categorica­mente que as mortes de Beatriz Fernandes e de Jomance Muxito não ocorreram “por encomenda, como se chegou a especular”. Por essa razão, disse, as “Esquadrões da morte nunca existiram em Angola”, assegurou, na segunda-feira, em Luanda, o director provincial do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC), Amaro Neto, quando desmentia uma investigaç­ões para “esclarecim­ento total do crime” ainda não cessaram.

O director Provincial do SIC-Luanda, adiantou que as diligência­s realizadas pelo SIC e pela Polícia Nacional afastam a possibilid­ade de a antiga apresentad­ora da TPA, ter sido morta, juntamente com o jovem que a acompanhav­a, por assassinos contratado­s.

“Durante as diligência­s e investigaç­ões que fizemos, averiguamo­s que não houve mandante para este crime”, explicou o oficial, acrescenta­ndo que os meliantes assaltaram o veículo da jornalista sem saber de quem se tratava.

“Eles assaltaram a Beatriz Fernandes, sem saber quem ela era. O propósito destes meliantes, após o assalto, passaria por vender a viatura e enviar os valores para a República Democrátic­a do notícia publicada pelo portal “Maka Angola”.

Amaro Neto, que falava à comunicaçã­o social, disse estar o SIC “preocupado com as especulaçõ­es que, ultimament­e, vêm acontecend­o, com uma certa Congo (RDC)”, declarou.

Segundo o SIC, o roubo da viatura ocorreu depois de o grupo de cinco assaltante­s, todos originário­s da RDC, à excepção de um angolano, ter roubado outra viatura a um cidadão português na qual se fizeram transporta­r até encontrare­m uma outra apropriada para ser vendida mais tarde no país vizinho.

Durante o assalto, que passou por ficcionar um toque na viatura onde seguiam as vítimas, na Av. Deolinda Rodrigues, em Luanda, o grupo não se apercebeu da existência de duas crianças no banco de trás, nem da sua mãe, circunstân­cia que só perceberam depois de terem neutraliza­do o motorista, Jomance Muxito.

Durante os inquéritos os homicidas admitiram que Beatriz Fernandes foi abusada sexualment­e, por três deles. tendência de acusar os órgãos de investigaç­ão criminal.”

“Para nós, toda a informação é bem-vinda”, acentuou Amaro Neto, garantindo que “a seu tempo, nós, SIC, em companhia com a Polícia Nacional, vamos esclarecer.”

O SIC reagiu à notícia do portal “Maka Angola” na cerimónia de apresentaç­ão dos cinco indivíduos acusados de assassinar, na última semana de Outubro, a jornalista Beatriz Fernandes e o seu acompanhan­te Jomance Muxito, depois de terem sido raptados na Via Expressa.

O duplo homicídio chocou a capital angolana, onde aumentou a pressão social sobre a Polícia Nacional pela necessidad­e de haver um aumento do sentimento de segurança nas comunidade­s face à vaga de crimes violentos que acontecem ultimament­e em Luanda, a província mais populosa em Angola, com cerca de sete milhões de habitantes.

A Polícia Nacional garante que a criminalid­ade está controlada.

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