Jornal de Angola

Ibinda Kayambu é o grande vencedor

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A obra “Rosa de Fogo - Erótica Africana e Evangelho”, com textos inéditos de Ibinda Kayambu, pseudónimo literário de Hélder Silvestre Simba André, é a vencedora do concurso literário António Jacinto edição 2017.

De acordo com uma nota do Ministério da Cultura, a obra foi vencedora “pelo conteúdo que revela uma forte cultura literária e que se insere na melhor tradição da poesia angolana, e por utilizar com propriedad­e o encadeamen­to de conceitos que permitem uma análise perfeita do conteúdo de cada poema”.

Recorde-se que o Prémio é anual e realiza-se em homenagem ao poeta António Jacinto do Amaral Martins, um dos grandes vultos das Letras e da Cultura Nacional.

Ao longo da sua existência, foram atribuídos 16 prémios (11 em poesia e 5 em prosa), 8 menções honrosas (6 em poesia e 2 em prosa).

O júri do Prémio Literário António Jacinto foi constituíd­o por Óscar Guimarães (presidente), Albino Carlos (secretário) e Isaquiel Cori (vogal). O prémio de revelação para obras inéditas, visa incentivar o surgimento de novos autores e novas obras literárias de autores angolanos e tem o apoio do Instituto Nacional das Indústrias Culturais (INIC) e o Banco de Poupança e Crédito (BPC).

A obra “Os Segredos da Semente e a Pintura do Olhar”, da autoria de Sol Africano, foi a vencedora da edição 2016 do prémio literário António Jacinto, para obras inéditas que incentivam novos autores angolanos. Depois da estreia em 2015 com “Hamlet: o preço da vingança”, uma adaptação da obra do escritor inglês William Shakespear­e, publicada em 1603, a Companhia de Artes Resgarte exibe sextafeira, o espectácul­o de teatro “A morte chama” em duas sessões, às 19h00 e às 20h30, no Epic Sana, em Luanda.

A peça, adaptada por Emanuel Nkruma Paim, da obra do escritor e cineasta norteameri­cano Woody Allen intitulada “Death Knocks”, retrata um encontro premeditad­o ou inevitável de Nanga e a morte. O director teve a ousadia de implementa­r algumas técnicas de representa­ção, por formas a manter a sátira, como componente indispensá­vel.

“Deveria ser possível a cada um ir até ao termo do seu capital biológico, desfrutand­o até ao fim da sua vida, sem violência nem morte precoce, como se cada qual tivesse o seu pequeno esquema de vida impresso ou a sua esperança como um contrato de vida”, de acordo com a sinopse. Mayomona Vicente e Carlos Aldair têm a missão de interpreta­r a obra.

A Companhia Resgarte é um projecto de artes cénicas que recorre à técnicas tradiciona­is e convencion­ais de teatro para dar uma nova dinâmica e qualidade artística às obras. O grupo gospel Mongo Nsónga apresenta no sábado, às 8h00, na rotunda do Calemba 2, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, o terceiro disco da banda intitulado “Kota Muntanda”.

O álbum “Kota Muntanda”, expressão kikongo, que em português significa “Entra na bicha”, tem 13 temas interpreta­dos em português e kikongo. O grupo que tem agendadas sessões de venda e assinatura de autógrafos nas províncias do Uíge e Bengo, segundo o seu vocalista, está igualmente programado para Luanda sessões idênticas no bairro do Bita, Kicolo, Estagem, Camama 1 e Mercado do quilómetro 30.

Numa primeira fase, revelou Baki Maquela, o grupo vai colocar à disposição dos fãs quatro mil cópias, quantidade que considera suficiente para satisfazer os anseios dos admiradore­s do estilo gospel.

O vocalista principal da banda disse que estão a preparar um espectácul­o de apresentaç­ão do disco, cuja data e local não avançou, tendo garantido apenas que o mesmo vai ser realizado em Luanda.

Baki Maquela disse que a expressão “Entrar na bicha” tem muitos significad­o para a banda, como ter paciência por encontrar pessoas enfrente e o longo tempo que teve para conquistar o seu espaço no music hall nacional, por ser um grupo ainda caloiro no mercado gospel. Todo trabalho do novo disco da banda, desde a captação de som, masterizaç­ão e gravação foi feito na capital do país, nos estúdios Tapete Vermelho e Casa Mãe. O álbum teve a participaç­ão de Dominick Lukesa.

O grupo que tem agendadas sessões de venda e assinatura de autógrafos nas províncias do Uíge e Bengo, segundo o seu vocalista, programou igualmente para Luanda sessões idênticas

O CD “Kota Muntanda” comporta temas como “Nazamba”, “Mpassi Zingudi”, “Filho do Camponês”, “Engarrafam­ento”, “A Vida não tem Fotocópia”, “1+1”, “Mvuka noka nkia”, “Mbundu Mutu”, “Nsengu”, “Mabuidi”, “Mama Mengi”, “Ibraim Decastro” e “Fudi Nsoni”.

O grupo fundado em 2011 por Baki Maquela, Afonso Simão, Natal Manuel e Datríce , é composto por 18 elementos, tendo já participad­o em diversas actividade­s nas cidades de Luanda, Uíge e Mbanza Kongo.

O primeiro disco do grupo, “Ana Sakadinca”, foi lançado em 2012 e o segundo CD “Segunda Mão”, com seis faixas, em 2014.

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Sol Africano conquistou a edição 2016 do concurso

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