Satélite angolano atrai investidores
O lançamento do satélite geoestacionário angolano Angosat-1, em Dezembro, está a chamar a atenção de empresas brasileiras com investimentos nas telecomunicações, revelou ontem, em Luanda, a presidente da Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN).
Arlete Lins afirmou na abertura do fórum “Telecomunicações - novas fronteiras para os negócios em Angola”, que encerra amanhã, que “o mundo também está atento”, pelo que prevê que, logo a seguir ao lançamento, haverá inscrições para investir no sector.
A presidente da AEBRAN considera que o Angosat-1 reforça os passos dados por Angola nas novas tecnologias, com projectos “interessantes” que estão a chamar a atenção da comunidade internacional de negócios, como é o caso da ligação do submarino de fibra óptica.
Considerou que, apesar das relações comerciais entre Angola e o Brasil estarem afectadas pela crise, os últimos dados do Governo angolano e do Fundo Monetário Internacional (FMI) deixam os investidores “cada vez mais animados.”
O Brasil coopera com Angola em vários domínios, mas a tecnologia é uma ferramenta que vai causar impacto em todos os sectores - Educação, Saúde, Transportes, Agricultura e outros - com potencial para impulsionar a diversificação.
O fórum abordou os temas a tecnologia e a informação, tecnologia na mobilidade urbana e agricultura digital.
O arquitecto Lourenço Valladares, orador do tema sobre a “Tecnologia na mobilidade urbana”, considerou o telemóvel como um meio de aquisição de conhecimentos que geram soluções.
O secretário de Estado das Tecnologias de Informação e Comunicação, Mário Oliveira, afirmou que os projectos institucionais de telecomunicações traduzem a visão do Governo angolano de diversificar a economia.