“É preciso que as Finanças se organizem e funcionem dentro das regras e padrões”
Angola vive hoje um problema com os bancos correspondentes, que deixaram de lhe fornecer divisas. Como é que Espanha pode ajudar e quando é que Angola vai ter uma filial de um banco espanhol?
A Espanha não pode fazer muito. É preciso que as Finanças angolanas se organizem e funcionem dentro das regras e padrões internacionais. Temos, por exemplo, o problema cambial a que me referi no início. Acho que o Presidente João Lourenço está bastante empenhado nesta tarefa; tem repetidamente falado disso. Penso que é um problema angolano. Quanto à presença de um banco espanhol em Angola ... não existem bancos espanhóis em África. O seu território tradicional de intervenção tem sido a Europa. Se calhar, por uma questão histórica, porque não temos uma grande presença no continente africano. Portugal, por exemplo, tem uma presença forte e muito longa, de mais de 500 anos, e é lógico que tenha cá uma presença considerável na banca.
Nas suas primeiras declarações à imprensa, quando foi acreditado, falou de um acordo na área de segurança entre Angola e Espanha. Quais os termos do acordo e quando é que vai ser assinado?
O acordo está preparado, negociado e pronto para ser assinado. Aguardamos apenas por uma data para o diploma ser rubricado pelas partes. Tem a ver com segurança, assessoria ao Ministério do Interior de Angola e à Polícia Nacional, além da capacitação do efectivo.
Quando é que o PrimeiroMinistro Mariano Rajoy vem a Angola?
Ainda não temos uma data. Na minha acreditação, lembrei ao Presidente João Lourenço o convite que ele fez, em Março, quando ainda era ministro da Defesa, ao Presidente do Governo Espanhol para visitar Angola oficialmente no próximo ano. Eu estive na reunião e o Presidente Rajoy disse que estava muito interessado em viajar para Angola. As duas embaixadas vão agora trabalhar para acordar uma data.