Privados na gestão de lares de idosos
A criação de lares de repouso e de acolhimento de pessoas da terceira idade em Angola está também aberta à iniciativa privada, confirmou quarta-feira, em Luanda, a chefe de Departamento de Apoio à Família do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher.
Santa José Ernesto, que respondeu por “email” a um questionário na véspera do Dia do Idoso em Angola, ontem assinalado, disse que se estima haver, em Angola, quatro por cento da população com mais de 60 anos, faixa etária considerada idosa.
A área urbana e a província do Cunene são as regiões onde existem mais idosos, cuja principal fonte de rendimento é a pensão e subsídio, com 41 por cento e 42 por cento, respectivamente.
As províncias do Cunene, Bengo, Uíge, Zaire, Cuanza Norte, Malanje, Cuanza Sul e Moxico possuem o maior número de pessoas com mais de 65 anos.
O Dia do Idoso em Angola foi instituído como sinal de respeito e reconhecimento dos feitos de milhares de homens e mulheres que se encontram na terceira idade em prol do progresso e engrandecimento de Angola.
O Executivo reconhece que os idosos constituem parte activa da sociedade e que continuam, com o seu saber, experiência e conhecimentos acumulados, a prestar um contributo inestimável ao processo de desenvolvimento económico, social, cultural e de reconciliação nacional.
Nas próximas décadas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população mundial com mais de 60 anos vai passar dos actuais 841milhões para dois mil milhões até 2050, tornando as doenças crónicas e o bem-estar da terceira idade novos desafios de saúde pública global.
“Em 2020 teremos pela primeira vez na História o número de pessoas com mais de 60 anos maior do que o de crianças até cinco anos”, estimou há três anos a Organização Mundial da Saúde, num relatório.