Taxa de circulação sobe 22,69 por cento
Obras rodoviárias não concluídas, buracos e vias sem terraplanagem continuam a ser as principais preocupações
Os selos da Taxa de Circulação de 2017 começam a ser pagos de 1 de Janeiro a 31 de Março de 2018, com valores que registam um crescimento de 22,69 por cento, relativamente ao montante pago no ano passado.
Os selos da Taxa de Circulação 2017 começam a ser pagos a 1 de Janeiro de 2018, por um período que vai até 31 de Março, com valores que registam uma média de crescimento de 22,69 por cento, relativamente ao montante pago nos selos de 2016.
A taxa para veículos automóveis e motociclos em circulação em 2017 tem valores que variam entre 1.850 kwanzas, para motociclos de até 125 centímetros cúbicos (cc) e 15.350 kwanzas, para viaturas pesadas do Tipo 2, de mais de dez toneladas. Nos últimos dois anos, o valor mais baixo foi de 1.500 kwanzas e o mais alto de 12.500 kwanzas.
Os motociclos do Tipo 2, de 126 cc a 450 cc pagam agora o montante de 2.450 kwanzas (mais 22,5 por cento) e os do Tipo 3, a partir de 451 cc, um total de 3.050 kwanzas (mais 22 por cento em relação ao selo de 2016).
As viaturas ligeiras com até 1.500 cc pagam de taxa 4.300 kwanzas (mais 22,86 por cento em comparação com 2016), os ligeiros do Tipo 2 (de 1.502 cc a 1.800 cc) o valor de 4.900 kwanzas (mais 22,5 por cento), os do Tipo 3, entre 1.801 cc e 2.400 cc, pagam 6.750 kwanzas (mais 22,72 por cento) e os ligeiros do Tipo 4 (a partir de 2.401 cc) 9.200 kwanzas (mais 22,66 por cento).
Os pesados do Tipo 1, até dez toneladas, vão pagar 10.450 kwanzas, um acréscimo de 22,94 por cento sobre os 8.500 kwanzas anteriormente cobrados.
Quanto a cores, o selo da Taxa de Circulação para motociclos corresponde a cor cinzenta, para veículos ligeiros a cor laranja, para pesados a cor azul e para viaturas isentas a cor castanha, de acordo com um Decreto publicado no “Diário da República”, a 27 de Novembro. Segunda-feira, 27, foi publicado o Decreto Executivo do ministro das Finanças a anunciar o período de pagamento e a advertir para a aplicação de multas de 50 por cento sobre o valor da taxa devida pelos veículos, a aplicar pelos agentes reguladores de trânsito.
“Findo o período estabelecido no diploma legal, os agentes reguladores de trânsito e demais entidades policiais competentes devem efectuar acções de fiscalização aos veículos e motociclos que circulem na via pública sem o respectivo selo da Taxa de Circulação”, alerta o documento.
Reacção dos automobilistas
Para perceber como os principais beneficiários reagem à essa ligeira subida do valor dos selos da Taxa de Circulação em aproximadamente 23 por cento, o Jornal de Angola foi ao encontro de alguns automobilistas que, ao contrário do habitual, e com algumas condições, concordam com essa subida do valor da Taxa de Circulação. “Concordo, mas com a condição de melhorarem a situação precária das estradas”, respondiam na sua maioria, como se tivessem combinado a resposta. As obras rodoviárias não concluídas, os buracos e as vias sem terraplanagem continuam a ser as principais preocupações dos automobilistas, que acreditam que tal situação cria não só transtornos aos veículos, como prejudica a pontualidade ao trabalho dos funcionários.
Leopoldo Barroso é automobilista há 20 anos e mora na Cidade do Kilamba. Explicou que paga, anualmente, 7.500 kwanzas e não se importa com a subida do preço, desde que seja para investir na melhoria das estradas. “Se o aumento for para melhorar, é bem-vindo. Mas, se for para continuar com os mesmos problemas, não estou de acordo”, disse.
Para Leopoldo Barroso, as vias do Kilamba para o Golfo II e Calemba precisam de uma intervenção com urgência, uma vez que são de vital importância para os moradores que trabalham no centro da cidade.
Taxistas
Já os taxistas defendem que deve haver um grupo fixo e contínuo, responsável pela manutenção das vias. “Devem criar algo, ainda que lhes chamem "Tapa Buraco", porque as aberturas que aparecem de um lado e do outro todos os dias, provocam vários acidentes de viação, assim como a degradação dos veículos”, recomendou Alberto Faztudo.
Alberto Faztudo é motorista de táxi há oito anos e lamentou o comportamento de alguns condutores que transportam cimento, arreia e outros produtos para a construção civil, por deixarem cair na via o que carregam, sem qualquer responsabilidade posterior e que depois se tornam prejudiciais para os demais condutores e segurança na própria estrada. “Daí a razão de se criar um grupo técnico responsável pela reparação semanal das pequenas mazelas nas estradas, para evitar os acidentes e as colisões que provocam a morte a muitos cidadãos”, aconselhou.
A taxa para veículos automóveis e motociclos em circulação em 2017 tem valores que variam entre 1.850 kwanzas e 15.350 kwanzas, para viaturas pesadas