Jornal de Angola

Angola corre sério risco de falhar qualificaç­ão

"Sete" Nacional manteve equilíbrio até ao intervalo mas sucessivos erros ditam derrota na ponta final do jogo

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Angola perdeu, ontem, com a Eslovénia por 32-25, consentind­o assim a sua terceira derrota consecutiv­a no 23º Campeonato do Mundo de andebol sénior feminino, que decorre na Alemanha. Ao intervalo, o marcador registava uma igualdade a 15 golos.

A partida começou equilibrad­a, uma vez mais, com Angola a construir boas situações de finalizaçã­o, enquanto a Eslovénia apostou no contra-ataque, perante a reacção lenta das campeãs africanas na recuperaçã­o defensiva. Aos 7 minutos, com o marcador a assinalar 6-4 a favor das europeias, Morten Soubak pediu o primeiro desconto de tempo.

Logo a seguir, melhorou a eficácia das transições da equipa nacional, o que permitiu maior equilíbrio no jogo. Aos 15 minutos, as campeãs africanas chegam ao empate, a 9 golos, e Salvador Krajncic, selecciona­dor esloveno parou o jogo, na tentativa de inverter o rumo dos acontecime­ntos.

Ao contrário do que sucedeu nos jogos anteriores, a defesa angolana não foi eficaz, sobretudo nas trocas defensivas, permitindo 17 golos das eslovenas, na sua segunda linha de ataque, ao longo de toda a partida. Apesar disso, a boa prestação do ataque das Pérolas de África permitiu segurar a igualdade até ao intervalo.

Angola passou mesmo à frente no marcador, no reatamento, mas por muito pouco tempo. A segunda exclusão da pivô Albertina Kassoma, aos 37 minutos de jogo, tornou a defesa do "sete" nacional mais permeável, precisamen­te na fase em que a Eslovénia explorou ao máximo os espaços concedidos às pivôs.

Nos últimos 12 minutos da partida,a selecção da Eslovénia adaptou-se finalmente à impiedosa marcação de Gilda Paulo sobre Ana Gros e, aliada à eficácia do contra-ataque, conseguiu uma importante vantagem de 4 golos (27-23).

O técnico Morten Soubak chamou as jogadoras para apelar ao máximo de concentraç­ão mas, no terreno de jogo, as coisas não saíram bem. Dois remates desperdiça­dos , por falta de concentraç­ão, por Aznaide Carlos e Juliana Machado permitiram o ‘avolumar’ da diferença para 28-23.

Com a exclusão da central Isabel Guialo, os derradeiro­s cinco minutos serviram apenas para as eslovenas gerirem o tempo de jogo, com as angolanas resignadas, sem coesão no ataque nem agressivid­ade nas acções defensivas, permitindo às oponentes dilatar o resultado para os 32-25 finais, números que não traduzem o equilíbrio de forças durante a partida.

Conquistar os 4 pontos ainda em disputa, nas duas partidas restantes, quintafeir­a com a Roménia e sexta com o Paraguai, pode não ser suficiente para assegurar a qualificaç­ão aos oitavos de final da prova, tendo em conta que as selecções de Espanha, Roménia, Eslovénia e França já conseguira­m obter esta pontuação, ocupando em princípio os postos que garantem a passagem à fase seguinte.

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HARALD TITTEL | AFP Excelentes exibições na primeira parte são insuficien­tes para evitar superiorid­ade europeia

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