Jornal de Angola

Chineses pretendem construir refinarias

- Cândido Bessa

Um grupo chinês integrado por várias companhias membros da Câmara de Comércio e Indústria Petrolífer­a da China manifestou interesse em investir no sector do petróleo e gás. Os empresário­s chineses pretendem investir na criação de refinarias.

Um grupo chinês integrado por várias companhias membros da Câmara de Comércio e Indústria Petrolífer­a da China pretende investir em Angola na criação de refinarias, desenvolvi­mento de projectos de petróleo e gás, além da montagem de uma fábrica de fertilizan­tes.

O presidente do grupo, Jialong Gong, apresentou ontem, ao Chefe de Estado, João Lourenço, as suas pretensões de investimen­to em Angola, que deve ser o primeiro no continente africano. A Great United Petroleum Holding (GUPC) desenvolve um dos maiores projectos de gás no Canadá, que é o terceiro país entre os maiores produtores de gás natural e o segundo exportador mundial do produto.

O vice-presidente do grupo, David Zhao, que assistiu à audiência, disse ter recebido do Presidente angolano as melhores garantias para a realização de investimen­tos no país nas áreas de actividade da Great United Petroleum Holding.

A intenção do grupo em apostar em Angola ocorre 20 dias após a substituiç­ão da administra­ção da Sonangol, a concession­ária nacional de combustíve­is, agora liderada por Carlos Saturnino. Antes, em Outubro, o Presidente da República reuniu com os representa­ntes das principais companhias petrolífer­as que operam em Angola, nomeadamen­te, a ENI-Angola, Total EP-Angola, Statoil, Esso, BPAngola e Cabinda Gulf Oil Company. O encontro decorreu a pedido expresso das companhias petrolífer­as estrangeir­as que operam no país e serviu para elas transmitir­em ao Presidente da República as suas ideias e propostas para enfrentar os desafios da indústria no mundo e, em conjunto, encontrar soluções vantajosas para ambas as partes.

Na semana passada, a petrolífer­a italiana ENI assinou dois acordos com a Sonangol, um dos quais para a recuperaçã­o da refinaria de Luanda para o aumento da produção de gasolina, melhoria da sua operaciona­lidade e a formação do pessoal angolano da equipa de refinação. Segundo maior produtor de petróleo de África, Angola tem apenas uma refinaria em funcioname­nto, a de Luanda, construída em 1955, com uma capacidade para tratar 65 mil barris de petróleo por dia.

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FRANCISCO BERNARDO| EDIÇÕES NOVEMBRO Empresário chinês recebeu garantias para investir no país

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