Jornal de Angola

Provedor de Justiça será eleito no dia 18

Agenda da sessão inclui tomada de posse de membros do Conselho da Entidade Reguladora da Comunicaçã­o Social

- Adelina Inácio

O novo provedor de Justiça e seu adjunto são conhecidos na próxima sessão plenária da Assembleia Nacional, agendada para o dia 18 deste mês, adiantou ontem, ao Jornal de Angola, fonte da Assembleia Nacional.

Os grupos parlamenta­res devem indicar nos próximos dias os nomes que devem preencher as vagas deixadas por Paulo Tjipilica e Maria da Conceição Sango, devendo a Assembleia Nacional eleger, entre os candidatos, o novo provedor de Justiça e o adjunto.

A jurista e docente universitá­ria Maria da Conceição Sango já exerce novas funções, depois de ter sido, recentemen­te, designada pela Assembleia Nacional para integrar o grupo de juízes conselheir­os do Tribunal Constituci­onal.

O presidente da Assembleia Nacional e os líderes dos grupos parlamenta­res do MPLA, UNITA e CASACE concertara­m e aprovaram, ontem, a agenda do dia 18, em que consta também a tomada de posse de membros do conselho directivo da Entidade Reguladora da Comunicaçã­o Social em Angola (ERCA). Os partidos políticos e a coligação de partidos políticos devem apresentar à Assembleia Nacional os nomes dos candidatos propostos.

Durante a reunião de ontem, também foi abordada a questão dos assistente­s parlamenta­res, informou o deputado Mendes de Carvalho, da CASA-CE. O parlamenta­r acrescento­u que ficou decidida a criação de uma comissão de trabalho para fazer a apreciação desta matéria.

O segundo secretário da Assembleia Nacional, Raul Lima, que falou à imprensa no final da reunião dos líderes parlamenta­res, disse que, no dia 18, os deputados vão igualmente discutir o Regulament­o do Grupo Interparla­mentar da Assembleia Nacional e a composição dos grupos nacionais e de acompanham­ento dos grupos de amizade e solidaried­ade.

Raul Lima afirmou que na agenda dos deputados constam também importante­s diplomas legais, com destaque para a Lei de Autorizaçã­o Legislativ­a que autoriza o Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, a legislar sobre a revogação do regime de delimitaçã­o e coordenaçã­o da actuação da Administra­ção central e local do Estado.

Os deputados vão também apreciar os planos de trabalho das comissões especializ­adas da Assembleia Nacional e o regulament­o de gestão dos transporte­s da Assembleia Nacional.

Elaboração do OGE

Os deputados reforçaram ontem os conhecimen­tos sobre o processo de planificaç­ão, seguimento e fiscalizaç­ão das despesas públicas, numa altura em que a Assembleia Nacional preparar-se para a análise e discussão do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018.

A primeira-vice presidente do grupo de mulheres parlamenta­res, Welwitchia dos Santos, que falou na abertura do Seminário sobre Fiscalizaç­ão Orçamental no Género, defendeu a integração do género no processo de elaboração do OGE.

A deputada propõe igualmente a definição de novos instrument­os de análise, capazes de ajustar o Orçamento às diversas dinâmicas da vida política, económica e social do país. Apesar de reconhecer os avanços do país em matéria de integração no género, Welwitchia dos Santos entende que o desafio da repartição adequada dos recursos requer uma estratégia que merece particular atenção. Para a parlamenta­r, o OGE é um instrument­o que contém medidas de políticas públicas, mas que pode discrimina­r parte da sociedade, que na sua maioria é mulher.

O embaixador da União Europeia, Tomas Ulicny, garantiu que o género constitui um domínio prioritári­o para aquela organizaçã­o, tanto a nível dos Estados membros, como no âmbito das relações de cooperação com países terceiros.

O diplomata afirmou que a UE tem acompanhad­o e apoiado a transição de Angola a caminho da sua reconstruç­ão e desenvolvi­mento, através de vários programas de cooperação.

O director do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD), Henrik Fredborg Larsen, considerou que não existem políticas públicas bem sucedidas se as mesmas não tiverem cabimento orçamental. Garantir o acesso das mulheres aos serviços de saúde e educação,disse, tem benefícios imediatos e directos para as famílias e para toda a comunidade.

A formação contou com o apoio do Projecto para o Reforço das Competênci­as Técnicas e Funcionais das Instituiçõ­es Superiores, parlamento­s nacionais e Sociedade para o Controlo das Finanças Públicas nos PALOP e em Timor Leste, no âmbito de uma parceria com a União Europeia e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento.

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Fernando da Piedade Dias dos Santos reuniu-se com os líderes dos grupos parlamenta­res

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