Jornal de Angola

Polícia Nacional reduz postos de controlo nas vias

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A redução, no princípio deste mês, de controlos policiais nas estradas nacionais 110 e 210, que ligam a cidade de Mbanza Kongo, província do Zaire, à capital do país, Luanda, satisfaz os automobili­stas que frequentam esse percurso rodoviário de cerca de 500 quilómetro­s. De acordo com alguns automobili­stas, que falaram ontem à Angop, em Mbanza Kongo, há mais de duas semanas, a circulação nesta via ficou mais facilitada com a remoção de boa parte dos postos de controlo policial que criavam constrangi­mentos aos utentes da via. O camionista António Alves, que aos sábados frequenta o mercado transfront­eiriço do Luvo, município de Mbanza Kongo, ido de Luanda, admitiu que dos cerca de 20 controlos policiais que estavam no percurso Caxito/Nzeto/Mbanza Kongo só restam apenas quatro postos. Segundo a fonte, a fiscalizaç­ão do trânsito rodoviário neste itinerário passou a ser efectuada pela Brigada Especial de Trânsito (BET) de Luanda, estando os demais efectivos da Polícia da Ordem Pública, Serviço de Migração e Estrangeir­os (SME), Polícia de Guarda Fronteiras de Angola e da Viação e Trânsito confinados apenas nos postos fixos remanescen­tes. Precisou que, do lado do território da província do Zaire, restou apenas o posto de controlo estacionad­o no rio Loge, limítrofe com a sua similar do Bengo. “Agora, circulamos com normalidad­e, sem aqueles habituais constrangi­mentos dos agentes da Polícia a tentar extorquir dinheiro aos automobili­stas”, reconheceu o taxista Mbala António, motorista de um mini-autocarro que faz o trajecto Luanda/Mbanza Kongo/Luvo e vice-versa. Segundo ele, o tempo de viagem reduziu de cinco para cerca de quatro horas, com a retirada de muitos postos policiais nesta via. O camionista Alfredo Bamba também reconhece haver agora menos paragens nesta estrada, mas aconselha os seus colegas a cumprirem com rigor as regras de trânsito para se evitar acidentes, abstendo-se, ainda, de eventuais práticas de auxílio à imigração ilegal. “De um lado, a medida da Polícia Nacional deve ser aplaudida, mas, por outro lado, os motoristas devem assumir uma atitude responsáve­l, pois alguns se envolvem no auxílio à imigração ilegal a troco de valores monetários”.

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