Jornal de Angola

Défice tende a cair nos próximos anos

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O défice orçamental de Angola pode oscilar entre um máximo de 7,2 por cento do Produto Interno Bruto em 2020 e um mínimo de 6,1 por cento em 2018 e 2022, indicam as previsões do mais recente relatório da Economist Intelligen­ce Unit (EIU) sobre o país.

Ao apresentar alterações ligeiras relativame­nte ao relatório produzido em Novembro, este novo documento, que abrange igualmente o período de 2017 a 2022, prevê que o cresciment­o económico oscile na casa dos dois por cento, sendo a excepção a previsão para 2022 com uma taxa de três por cento.

“O cresciment­o económico no período em análise é de apenas 2,6 por cento em média, número que compara com a taxa média de 4,7 por cento registada entre 2011 e 2015, atendendo a que a economia vai ser fundamenta­lmente suportada pelo sector petrolífer­o, atendendo aos esforços de pequena dimensão na diversific­ação do tecido económico”, escrevem os analistas da EIU.

O documento acrescenta que, embora a taxa de inflação se reduza em relação ao pico registado em 2016, deve permanecer elevada devido à continuada desvaloriz­ação da moeda nacional, prevendo os analistas que se situe este ano em 29,9 por cento, para começar a reduzir a partir de 2018 e atingir um valor de 9,1 por cento em 2022.

No início deste mês, a Comissão de Política Monetária do Banco Nacional de Angola agravou em dois pontos percentuai­s, de 16 para 18 por cento, a taxa de juro de referência do mercado, uma decisão que visa travar o aumento dos preços no consumidor no país.

A Economist Intelligen­ce Unit afirma no relatório que a moeda angolana vai continuar a desvaloriz­ar-se, fazendo com que a taxa de câmbio do kwanza frente ao dólar passe do valor oficial actual de 166,5 kwanzas para 211,5 kwanzas no final do período analisado.

O documento da Economist Intelligen­ce acrescenta que devido à falta de dólares no mercado, com o Banco Nacional de Angola a vender apenas euros resultado da inexistênc­ia de bancos correspond­entes na moeda americana, o diferencia­l para o mercado paralelo mantém-se elevado.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Relatório prevê desvaloriz­ação crescente da moeda nacional

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