Filosofia de Simão Toko gera debate em Luanda
O escritor e historiador Patrício Batsikama disse na quarta-feira, em Luanda, que o livro “Tokoísmo - Filosofia da Libertação” é um grande guia de estudo inicial, para ajudar os jovens a desenvolverem o país dentro da coerência ontológica e das diversidades na sociedade.
O também docente universitário, que fez essa afirmação no habitual debate “Maka à quarta-feira” sobre o livro “Tokoísmo - Filosofia da Libertação”, realizado na União dos Escritores Angolanos, disse que a obra está dividido em duas partes. Por um lado fala da história do tokoísmo em Angola, onde coloca os seus elementos fundamentais, e por outro lado, retrata directamente todos os aspectos ligados a Filosofia da Libertação.
Patrício Batsikama frisou que levou o tema à discussão na “Maka”, por ser o santuário da intelectualidade angolana e com o debate fazer com o teor saísse de um discurso religioso para um discurso filosófico.
O orador disse que não se pode esconder a filosofia de Simão Gonçalves Toko, que desde os anos 1960, falou da paz, pelo que “convém trazer esta questão da libertação para fomentar discussão sobre a paz”.
O historiador disse ser necessário renascer a ética e a moral tokoísta num debate filosófico, para permitir que o leitor perceba a importância da filosofia trazida pelos africanos. “Simão Gonçalves Toko acredita que a paz é quando existe diálogo entre as partes contrárias”, disse.
O livro é lançado hoje, às 17h00, no Memorial António Agostinho Neto.