Jornal de Angola

Angola detém vantagem no jogo com o Paraguai

Pérolas deixam indicadore­s de evolução competitiv­a, apesar da derrota nas quatro primeiras jornadas do Campeonato

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Angola entra hoje, às 14h00, na condição de favorita diante do Paraguai, no último jogo da fase preliminar do 23º Campeonato do Mundo de andebol sénior feminino, que decorre na Alemanha. Na única partida disputada entre ambas, em 2013, no Mundial da Sérvia, as angolanas golearam, por 37-12, após favoráveis 18-07 ao intervalo.

As sul-americanas não possuem potencial andebolíst­ico para, em condições normais, ultrapassa­r o combinado nacional, mas vão tentar, pelo menos, garantir um jogo mais equilibrad­o, diante das campeãs africanas, depois de terem sido goleadas pelas quatro formações europeias.

Sabrina Morinigo, a pivô principal do Paraguai, é a unidade mais valiosa, no ataque da formação sulamerica­na, com uma média superior a 4 golos por jogo. À semelhança das angolanas, todas as jogadoras paraguaias actuam no próprio país.

A intensidad­e das acções pode fazer a diferença a favor das Pérolas de África, diante de uma oponente que não revelou, ao longo da prova, capacidade física, técnica e táctica para acompanhar o ritmo das selecções mais cotadas.

Morten Soubak deve aproveitar para dar mais minutos às jogadoras até aqui pouco utilizadas e garantir um bom desempenho, de modo a motivar o grupo na disputa da Taça Presidente. Isabel Guialo, Magda Cazanga e Albertina Kassoma (com mais de 1 hora 40 minutos, nas duas primeiras partidas) têm sido as mais utilizadas.

Boa imagem

Angola perdeu ontem diante da Roménia, por 24-27, na sua quarta partida. Apesar da derrota, as campeãs africanas fizeram o melhor jogo na prova, com Isabel Guialo a destacar-se como a melhor em campo.

O sete nacional chegou a estar em vantagem por 3 golos, mas as romenas restabelec­eram a igualdade e as equipas chegaram ao intervalo empatadas a 14 golos. A etapa complement­ar foi de parada e resposta, sem que qualquer das equipas conseguiss­e mais que dois golos de vantagem.

Os últimos dez minutos foram de equilíbrio total, com o marcador a registar 23-23 aos 52 minutos. A defesa angolana continuou coesa, porém a exclusão de Dalva Peres limitou as possibilid­ades do ataque. Cristina Branco ainda parou um remate dos seis metros das romenas, mas logo a seguir a formação europeia assumiu a liderança do marcador.

Morten Soubak pediu desconto de tempo e recomendou à equipa que mantivesse a concentraç­ão e o rigor táctico, quando faltavam cinco minutos por jogar. As angolanas voltaram a conseguir igualar o marcador a 24 golos, mas a primeira linha romena desfez a igualdade, com um tiro de Cristina Neagu.

Ambros Martin, técnico espanhol que orienta a Roménia, pediu desconto de tempo, a 2 minutos e meio do fim, para orientar a equipa a finalizar apenas em zonas seguras e subir as linhas defensivas. Mesmo pressionad­as por ameaça de recusa de jogo, Neagu voltou a resolver de longa distância. Aumentou a vantagem romena para dois golos.

Soubak chamou a equipa, para acreditar até ao final e escolher sobretudo entre o lançamento de primeira linha ou a assistênci­a às pivôs. A equipa cumpriu, porém Vilma Chissola falhou o remate de ponta, num momento decisivo e permitiu à Roménia terminar o jogo no ataque, com mais um golo.

Soubak chamou a equipa, para acreditar até ao final e escolher entre o lançamento de primeira linha ou a assistênci­a às pivôs. A equipa cumpriu, porém Vilma Chissola falhou o remate

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HARALD TITTEL | DPA| AFP Selecção Nacional discutiu ontem a vitória até aos instantes finais frente à similar da Roménia

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