MPLA comprometido com a justiça social
Encontro termina hoje e reflecte sobre a questão da garantia de paz e a solução dos conflitos na Região dos Grandes Lagos
O vice-presidente da Internacional Socialista, Julião Mateus Paulo “Dino Matross”, disse ontem, em Luanda, que as transformações económicas em Angola têm sido acompanhadas por um longo processo de reformas do Estado e do sistema judicial para assegurar melhor oferta de bens e serviços à população, mais justiça social e uma melhor qualidade de vida.
O secretário para as Relações Internacionais do MPLA, que falava na sessão de abertura da reunião do Comité África da Internacional Socialista, disse que a reunião se realiza num contexto internacional difícil. “A paz mundial está ameaçada pela falta de diálogo permanente e multilateral no quadro das Nações Unidas com vista à solução pacífica dos conflitos existentes no planeta”, disse.
No encontro, em que estão representados 18 países, Dino Matross disse que em África os conflitos registam alguma longevidade, alguns dos quais assumem contornos cada vez mais complexos pela variedade e conexões com grupos perigosos de outras origens.
O político recordou, em África, os conflitos na região dos Grandes Lagos, na Somália, Nigéria, Líbia, Sudão,na República Centro Africana e no Mali, que obrigam a maior parte dos jovens a emigrar de forma ilegal e em condições desumanas. "Dino Matross" disse que estes conflitos ceifam vidas humanas, mutilam jovens e destroem a natureza, propiciando o tráfico de recursos naturais e abrindo espaço à fome, à miséria e à pobreza.
Estas práticas, acrescentou, inviabilizam qualquer perspectiva de desenvolvimento socioeconómico. O político angolano recordou que África é um continente rico em recursos naturais, mas pobre em desenvolvimento.
Julião Paulo disse que estes são os desafios que os membros do comité enfrentam com determinação e união para, em conjunto, debelar crises e os conflitos que pairam sobre o continente.
Felicitações
Na ocasião, o secretáriogeral, Luís Ayala, felicitou o Presidente da República, João Lourenço, manifestando a sua satisfação e honra por acompanhar o processo de transformação que Angola vive actualmente.
O político considerou a postura de João Lourenço exemplar pelo facto de, depois de ter vencido as eleições gerais, ter chamado todos no sentido de colaborarem para, unidos, “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”.
Luís Ayala sublinhou que o combate à corrupção é uma das grandes apostas que merece o respeito e todos os líderes devem ter esta iniciativa.
Luís Ayala disse que os sociais-democratas são aqueles que cumprem os seus princípios e promessas de democracia e sublinhou: "Nós garantimos e implementamos o poder dos cidadãos por meio da nossa liberdade e respeitamos os direitos, porque somos do movimento para os direitos dos homens, jovens e mulheres".
Combate à desigualdade
O secretário-geral e representante do Chile preeonizou o combate contra a desigualdade económica.
No dia de ontem, os participantes abordaram temas como “Políticas humanas, justas e democráticas” e “O papel do comité no envolvimento em África”. Foi também discutida a questão da garantia da paz e a solução dos conflitos na Região dos Grandes Lagos, proferida pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto. O encontro encerra hoje. É a terceira vez que Angola acolhe uma reunião da Internacional Socialista, organização que congrega 160 partidos de mais de 100 países do globo.
A Internacional Socialista (IS) é uma organização internacional que busca a divulgação e implementação do Socialismo democrático através da união de partidos políticos social-democratas, socialistas e trabalhistas.
A organização mundial foi fundada em 1951 com a denominação Internacional Operária e Socialista e actualmente possui 160 partidos de mais de 100 países.