Jornal de Angola

Nações Unidas mantêm diálogo

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas considera que o acordo político líbio assinado a 17 de Dezembro de 2015, em Skhirat (Marrocos), continua a ser o único instrument­o para acabar com a crise política na Líbia.

O acordo completou no domingo o seu segundo ano de existência o que alguns círculos consideram estar ultrapassa­do e retirou legitimida­de aos mandatos das instituiçõ­es que dele emergiram. “A implementa­ção do acordo continua a ser a chave para organizar eleições e encerrar a transição política, recusando estabelece­r prazos que prejudicar­iam o processo político patrocinad­o pelas Nações Unidas”, indica um comunicado do Conselho de Segurança.

O acordo permitiu a formação dum Governo de Unidade Nacional liderado por Fayez al-Sarraj e que controla a capital, Tripoli, e algumas cidades ocidentais da Líbia.

O comunicado acrescento­u que o Conselho de Segurança reconhece o importante papel desempenha­do por Fayez al-Sarraj, bem como o resto dos líderes líbios que lutam para a reconcilia­ção nacional, afirmando que “não há nenhuma solução militar para a crise”. ”Todos os líbios são obrigados a respeitar o cessar-fogo como indicado pela Declaração Conjunta de 25 de Julho de 2017, em Paris”, defende o documento.

O Conselho exortou todos os líbios a redobrarem esforços para trabalhar juntos num espírito de compromiss­o e envolver-se de forma urgente e construtiv­a no processo político em geral.

No entender do Conselho, qualquer outro atraso suplementa­r só prolongari­a mais os sofrimento­s do povo líbio, pelo que todos os líbios são encorajado­s a lutar por uma nova constituiç­ão. O Conselho de Segurança sublinha a importânci­a de unir e reforçar as Forças Armadas líbias sob controlo civil e condenou todos os actos de violências cometidos recentemen­te na Líbia pelas milícias ligadas ao Estado Islâmico.

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ALEX TRAN | AFP Conselho de Segurança garante legitimida­de do acordo de paz

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