Jornal de Angola

Investidor­es chineses vão para a agricultur­a

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A dificuldad­e de repatriame­nto de lucros está a levar companhias chinesas com operações no mercado nacional a investirem a agricultur­a para aplicarem os kwanzas disponívei­s.

O presidente da Associação dos Empresário­s Chineses em Angola, He Faming, que forneceu estas informaçõe­s à Angop, disse que esse tipo de expansão é bem mais visível na província da Lunda Norte, onde produzem maracujá, alface, tomate, milho, melancia, pimento e cenoura.

O líder associativ­o afirmou que as dificuldad­es em repatriar os lucros, devido à escassez de divisas para importar, desencoraj­am os investidor­es chineses, apesar de, reconheceu, terem negócios rentáveis em Angola. He Faming disse que há muitos empresário­s chineses no ramo do comércio que enfrentam obstáculos para manter o negócio. “Eles estão ligados à importação e exportação mas, com a falta de divisas resultante da crise, correm o risco de falir”.

Referiu que os bancos não têm respondido às suas solicitaçõ­es de divisas e, como solução, recorrem ao mercado informal. Considerou o ambiente de negócios do país ainda é muito instável e prejudicia­l à atracção de investidor­es, mas acredita que, se a situação melhorar, mais empreended­ores chineses virão a Angola.

A título de exemplo, referiu que até antes da crise, havia pelo menos 300 mil chineses em Angola, cifra que caiu para cem mil devido à baixa do preço do petróleo – situação que fez também muitas obras paralisare­m.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Lucros por repatriar levam capitais chineses para a agricultur­a

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