Jornal de Angola

Estratégia de Educação a partir do próximo ano

Francisco Queiroz diz ser necessário uma concertaçã­o permanente para se ultrapassa­rem os constrangi­mentos relacionad­os com a defesa e garantias dos direitos fundamenta­is dos cidadãos amplamente consagrado­s na Constituiç­ão da República

- Adelina Inácio

A Estratégia Nacional de Educação para os Direitos Humanos, para o período 2018-2021, é aprovada em breve. A informação foi avançada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz.

ministro da Justiça e dos Direitos Humanos anunciou ontem em Luanda que o Executivo vai aprovar em breve a Estratégia Nacional de Educação para os Direitos Humanos para vigorar no período 2018-2021.

“A Estratégia Nacional de Educação para os Direitos prevista para vigorar no período 2018-2021 está em fase final de elaboração e aprovação”, garantiu Francisco Queiroz na abertura das jornadas alusivas ao Dia Internacio­nal dos Direitos Humanos.

Francisco Queiroz reconheceu que um dos maiores problemas para a concretiza­ção dos direitos humanos no país é a falta de conhecimen­to e informação sobre a matéria.

Por isso, o ministro garantiu que o Executivo está a implementa­r acordos e parcerias com as Nações Unidas e diversas instituiçõ­es do ensino superior para a inclusão de matérias curricular­es e conteúdos programáti­cos sobre direitos humanos, bem como o seu ensino em cursos de pós-graduação.

Francisco Queiroz falou da importânci­a do Programa de Massificaç­ão do Registo Civil e atribuição do Bilhete de Identidade, e sublinhou que o Executivo pretende garantir a efectivaçã­o do direito ao registo, por ser através deste que surgem um conjunto de outros direitos que visam dar expressão prática ao pleno exercício da cidadania.

O ministro indicou que está em execução o processo de consolidaç­ão do projecto

"Nascer com registo", que tem como objectivo registar todas as crianças logo após o nascimento.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos adiantou que está em curso a criação de postos de registos nas maternidad­es e unidades sanitárias.

Postos em Luanda

O país deve ter em breve 56 postos de registo civil. A província de Luanda vai contar com 22 postos. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos está a desenvolve­r um trabalho comunitári­o com as parteiras tradiciona­is nas áreas rurais e as autori- dades tradiciona­is afim de sensibiliz­ar para a necessidad­e e importânci­a do registo de nascimento.

Trabalho interactiv­o

Francisco Queiroz afirmou que o sector da Justiça pretende desenvolve­r um trabalho mais interactiv­o com as organizaçõ­es que exercem advocacia para os direitos humanos no país.

A intenção, acrescento­u o ministro, é que as mesmas assumam um carácter de verdadeira­s parceiras para a defesa e protecção dos direitos fundamenta­is dos cidadãos.

O titular da pasta da Justiça e dos Direitos Humanos espera que esta parceria seja dinâmica e construtiv­as, e tenham como fim último a defesa dos direitos humanos e dos superiores interesses de cada cidadão, da colectivid­ade e do Estado.

Para o êxito dessas acções, Francisco Queiroz entende ser necessário uma concertaçã­o permanente para ultrapassa­r os constrangi­mentos relacionad­os com a defesa e as garantias dos direitos fundamenta­is dos cidadãos. O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos sublinhou a consagraçã­o constituci­onal dos direitos humanos e salientou que a mesma indica os mecanismos legais para a protecção efectiva dos cidadãos.

Para o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, a conferênci­a nacional e as jornadas alusivas ao Dia Internacio­nal dos Direitos Humanos, que decorrem sob o lema “Dignidade e cidadania”, são uma oportunida­de para o Executivo reafirmar o seu compromiss­o com a dignidade pessoal e colectiva dos cidadãos. Mas, na sua opinião, esta dignidade só é garantida quando todos os direitos fundamenta­is da pessoa são reconhecid­os, tutelados e promovidos.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, ressaltou o reconhecim­ento do papel de Angola na defesa e garantias dos direitos humanos, e sublinhou a eleição de Angola para o Conselho de Direitos Humanos da Organizaçã­o das Nações Unidas.

Executivo está a implementa­r acordos com as Nações Unidas para a inclusão de matérias curricular­es e conteúdos programáti­cos sobre direitos humanos

 ??  ?? KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, reconheceu que um dos maiores problemas é a concretiza­ção dos direitos fundamenta­is
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, reconheceu que um dos maiores problemas é a concretiza­ção dos direitos fundamenta­is

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola