Jornal de Angola

Já há dinheiro para a corrida São Silvestre

Federação esteve até ontem sem garantias de realização da corrida por atraso registado na disponibil­ização do orçamento

- Teresa Luís

A dez dias do tiro de partida da 62ª edição da tradiciona­l corrida São Silvestre, que se disputa no dia 31, o Ministério da Juventude e Desportos só ontem disponibil­izou o dinheiro para a realização da prova.

A 10 dias do tiro de partida da 62ª edição da tradiciona­l corrida São Silvestre, que se disputa no dia 31, o Ministério da Juventude e Desportos (Minjud) disponibil­izou ontem o dinheiro, para a realização da prova orçada em 39 milhões de kwanzas.

Com a distância de dez quilómetro­s, a competição começa no Largo da Mutamba e termina no Estádio Municipal dos Coqueiros. Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Joaquim Dombaxi, porta-voz da corrida, afirmou que desconhece o valor depositado pelo Minjud, mas a preocupaçã­o agora é fazer os pagamentos de alguns serviços.

“Ainda não sei se foi disponibil­izado o valor global, ou seja os 39 milhões de kwanzas. Nesta fase vamos resolver os problemas dos vistos dos atletas estrangeir­os. Embora o dinheiro tenha sido disponibil­izado com atraso, da nossa parte vamos fazer de tudo para que no dia 31 a corrida seja disputada”, frisou.

Cinco mil dólares (equivalent­e em kwanzas ao cambio do Banco Nacional de Angola) é o valor do prémio dos vencedores da São Silvestre, em ambos os sexos. Ainda ontem, os dirigentes da Federação Angolana de Atletismo (FAA) e a equipa técnica do Governo da Província de Luanda realizaram a terceira vistoria ao percurso.

As falhas na iluminação na Avenida Ho-Chi-Min e os buracos na zona do Kina- xixi, Chamavo e subida do Prenda, problemas registados na primeira e segunda vistoria, já foram ultrapassa­dos. Com o convite formulado aos fundistas da África do Sul, Botswana, Namíbia e Moçambique, a corrida volta a ter cariz internacio­nal, diferente do que foi a edição passada.

O material técnico e tecnológic­o ( chips e dorsais) estão encomendad­os e o organismo reitor do atletismo conta com o apoio da Administra­ção Geral Tributária , na subvenção de custos. Até ontem foram inscritos mil atletas dos três mil e 500 que a Federação pretende inscrever.

Festa popular

A São Silvestre está aberta a fundistas federados, populares, estrangeir­os e paralímpic­os das categorias T11 e 56 (deficiênci­a visual e dos membros superiores). O processo de inscrição continua aberto até terça-feira, na sede da Federação, sita no Nova Vida, Cidadela Desportiva, Ilha do Cabo, Marco Histórico do Cazenga, Casa da Juventude de Viana, Administra­ção de Cacuaco, Centralida­de do Kilamba e no ex-RI 20.

Os kits de corredor, compostos por chip e dorsal, vão ser distribuíd­os de 28 a 30, na tenda da Baia de Luanda. O agrimensor João Antunes, credenciad­o pela Federação Internacio­nal (IAAF), tem chegada prevista também para o dia 28. A vinda do técnico português visa a realização de uma nova medição do percurso.

O meeting internacio­nal “Demósthene­s de Almeida” vai ser disputado no dia 2 de Janeiro, no Estádio dos Coqueiros, com provas nas distâncias de 5000, 3000 e 1500 metros e outras especialid­ades. A São Silvestre começa no Largo da Mutamba, passando pelas avenidas Amílcar Cabral, Revolução de Outubro, Ho-Chi Min, Alameda Manuel VanDúnem, Largo do Kinaxixi, Rua da Missão, Avenida 4 de Fevereiro, Largo do Baleizão, Rua Francisco das Necessidad­es e Estádio Municipal dos Coqueiros.

Na edição passada, que teve 2 mil participan­tes, os fundistas do Interclube dominaram a corrida. Em masculino Francisco Caluvi triunfou, com o tempo de 31 minutos e 25 segundos, ao passo que Adelaide João venceu em femininos, com o registo 37 minutos e três segundos.

Alexandre João, do Interclube, dominou a corrida desde o início, mas perto da entrada do Estádio dos Coqueiros foi vencido pelo cansaço. Os vencedores receberam 500 mil kwanzas, contra os 200 inicialmen­te anunciados.

“Ainda não sei se foi disponibil­izado o valor global, ou seja os 39 milhões de kwanzas. Nesta fase vamos resolver os problemas dos vistos dos atletas estrangeir­os. Da nossa parte vamos fazer de tudo

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Organizado­res correm contra o tempo para honrar compromiss­os assinados no estrangeir­o

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