Inter e Libolo deixam cair registo do país no continente
O afastamento, 16 anos depois, de uma equipa angolana na discussão do título da 31ª edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos sénior masculino de basquetebol, disputada na cidade de Tunis, na região de Radès, Tunísia, volta a dar sinais do afrouxamento competitivo.
A longevidade angolana no pódio africano nunca foi alcançada por qualquer outra equipa de outro país do continente. Depois da Selecção Nacional ter falhado o resgate do ceptro africano das nações, no Afrobasket, urge fazer uma radiografia ao estado da modalidade.
Na ausência dos históricos 1º de Agosto, oito taças, e Petro de Luanda, duas, Sport Libolo e Benfica, detentor dos direitos desportivos do Recreativo do Libolo (com um troféu) e Interclube, eram as esperanças do país na segunda maior competição do calendário de provas da FIBA-África.
O cruzamento entre ambos, nos quartos-de-final, com vitória do Libolo, orientado por Raul Duarte (7165), sobre o Inter, de Alberto Babo, reduziu as expectativas de Angola.
A campanha pouco auspiciosa na fase preliminar, onde os libolenses foram segundo classificados no Grupo B, e os polícias, terceiros no A, prenunciaram o desfecho, embora a fé tivesse dominado sempre as probabilidades dos sócios, adeptos da modalidade, simpatizantes dos dois clubes, dirigentes, comentadores desportivos e jornalistas.
Objectivo falhado
Apagar a recente má imagem do “cinco” nacional em Tunis, onde ocupou, 34 anos depois, a sétima posição, era um dos pressupostos da campanha angolana. Nos últimos anos, o basquetebol parece não encontrar naquele país do Magrebe prosperidade.
Pois em 2015, com os hendecacampeões na altura orientados pelo espanhol Moncho López, não obtiveram sucesso. Mesmo com o reforço de jogadores estrangeiros, Libolo e Inter não conseguiram suster a fogosidade dos adversários derrotarem equipas angolanas.