Desejo de um novo viver e de um novo caminhar
Em Angola, a data é também comemorada como Dia da Família onde às vezes as pazes são feitas entre parentes
O dia 25 de Dezembro é a data que, tradicionalmente, une as famílias. É o dia em que se comemora a vinda de Jesus Cristo. Neste período, a maioria das igrejas cristãs celebra o nascimento de Jesus com as tradicionais missas. Embora seja um tema controverso e até hoje ainda se questione o verdadeiro dia do nascimento de Jesus Cristo, o 25 de Dezembro é comemorado por milhões de cristãos em todo o Mundo.
Em Angola, a data era oficialmente comemorada desde a proclamação da Independência até 1991 como Dia da Família, tendo sido uma forma de abandonar a matriz religiosa da efeméride, por motivos políticos e ideológicos resultantes do monopartidarismo.
Milhões de cristãos celebram com muita alegria o 25 de Dezembro, uma data memorável na História da Humanidade. Quem celebra o Natal, celebra a vida e a esperança, uma mensagem que é transmitida a todos os cristãos.
Durante os três primeiros séculos da nossa era, os cristãos não celebravam o Natal. A comemoração religiosa do Natal só foi iniciada no século IV quando o Papa Júlio I levou a cabo um estudo intensivo sobre a data de nascimento de Jesus Cristo e acabou por estabelecer oficialmente o dia 25 de Dezembro para as celebrações. Ou seja, a festa do Natal foi introduzida na Igreja Romana no século IV e, somente no século V, estabelecida oficialmente como festa cristã. Uma das tradições mais marcantes do Natal é a Árvore de Natal.
Aliás, o costume de enfeitar árvores é mais antigo que o próprio Natal. Já antes de Cristo, praticamente todas as culturas e religiões pagãs usavam enfeites em árvores para celebrarem a fertilidade da natureza. Os romanos adornavam as árvores em honra de Saturno, que era o seu Deus da agricultura. No Egipto, era hábito, no solstício de Inverno, levar ramos verdes para dentro das casas, como forma de celebrar a vitória da vida sobre a morte.
Os druidas celtas, em épocas festivas, decoravam os carvalhos com maçãs douradas. Os primeiros registos da adopção da árvore de Natal pelo cristianismo surgem do Norte da Europa no começo do século XVI, embora tudo indique que por essa altura já era uma tradição vinda da época medieval, uma vez que há registos de Árvores de Natal na Lituânia no ano de 1510.
No antigo calendário cristão, o dia 24 de Dezembro era dedicado a Adão e Eva e a sua história costumava ser encenada nas igrejas. Como representação do paraíso era usada uma árvore carregada de frutos. Os cristãos ganharam então o hábito de montar essa alegoria nas suas casas com árvores que, com o passar dos tempos, foram ficando cada vez mais decoradas. As estrelas simbolizavam a Estrela de Belém, as velas simbolizavam a luz de Cristo e as rosas homenageavam a Virgem Maria.
Mas foi só durante o século XIX que
Os romanos adornavam as árvores em honra de Saturno, que era o seu Deus da agricultura. No Egipto, era hábito, no solstício de Inverno para celebrar vitória
a Árvore de Natal começou a ser difundida pelo resto do Mundo, muito graças à contribuição da monarquia britânica. O príncipe Alberto, marido de origem alemã da rainha Vitória, montou uma Árvore de Natal no palácio real britânico. Foi então tirada uma fotografia da família real junto à árvore, que foi publicada na revista “Illustrated London News” no Natal de 1846.
Como o uso de árvores adornadas tem origem pagã, a adopção da Árvore de Natal foi muito mais rápida nos países nórdicos e no mundo anglo-saxónico. Já nos países católicos, como Portugal, a Árvore de Natal ganhou aceitação muito lentamente, pois a tradição de Natal eram os presépios, como única decoração da sua celebração.
Só a partir de meados do século XX é que a Árvore de Natal começou a ser mais aceite em Portugal, já que antes dessa altura era pouco popular nas cidades e completamente ignorada nas zonas rurais. Essa tradição foi então transferida para Angola, que era nesse tempo um colónia portuguesa.