Criadas condições para a recuperação do Porto do Lobito
Ministro dos Transportes fala em nova era e pede diálogo permanente com todos os trabalhadores
O ministro dos Transportes, Augusto Tomás, apelou ao novo Conselho de Administração do Porto Comercial do Lobito a fazer um trabalho árduo, em equipa, no sentido da recuperação económica daquela empresa portuária.
O ministro dos Transportes falava no sábado, no acto de apresentação do novo Conselho de Administração do Porto do Lobito, nomeado recentemente pelo Presidente da República, João Lourenço. “Estamos na nova era onde o Porto Comercial precisa de paz para granjear o prestígio que teve”, assinalou Augusto Tomás, confiante de como o Corredor de Desenvolvimento do Lobito pode contribuir para a revitalização do Porto do Lobito.
Augusto Tomás disse que, com a interligação do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) e o aeroporto internacional da Catumbela, o Porto do Lobito está bem servido para a sua recuperação económica.
As duas linhas de importação e exportação, através da internacionalização do CFB com a Zâmbia e a República Democrática do Congo, vão dar um novo impulso à economia angolana, salientou.Por outro lado, apelou aos novos gestores a abrirem um “novo livro de diálogo” permanente com os trabalhadores, devendo para tal resolver os problemas laborais.
O ministro mostrou-se agastado com as condições financeiras dos trabalhadores de base, o que requer maior esforço por parte da direcção que tem a missão de conduzir os destinos do Porto Comercial do Lobito, o segundo maior de Angola, depois de Luanda.
O novo presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Agostinho Estêvão Felizardo, afirmou que a direcção tudo fará no sentido de cumprir as orientações do Governo.
O novo presidente do Conselho de Administração, que exerceu durante vários anos o cargo de vice-governador de Benguela, considerou ser uma missão que deve merecer o contributo de todos os funcionários. Integram o novo Conselho quatro administradores executivos, nomeadamente Diú Kassul Ângelo (área técnica), Domingos Isata (área administrativa), Maria Madalena (área financeira) e Andreia Katita Figueiredo (área comercial). Fazem ainda parte os dois administradores não executivos António Fonseca de Vasconcelos e Maria Vaikeni.
Busca de consenso
O ministro dos Transportes apresentou também o novo Conselho de Administração do Porto do Soyo, na província do Zaire, liderado por Nazareth Neto.
Augusto da Silva Tomás disse que os gestores das empresas públicas da área devem saber dialogar e discutir para a busca de consenso em todas as questões. “A ética e a moral devem imperar na administração do Porto do Soyo. As novas regras para as empresas públicas do sector devem ser rigorosamente cumpridas para os interesses superiores do Porto e do Estado angolano. O novo Conselho de Administração deve velar sempre pelos interesses dos trabalhadores, privilegiando o diálogo e o consenso para a busca da eficiência e eficácia no trabalho da instituição”, disse Augusto Tomás.
O novo PCA do Porto do Soyo, Nazareth Neto, que substitui António Lemos, garantiu continuar com os projectos em curso, sem especificá-los, bem como trabalhar para melhorar o desempenho da instituição. “Vamos trabalhar na continuidade dos projectos que já existem e orientados superiormente pelo sector e pelo Governo Central. Não conhecemos ainda o Porto do Soyo, por isso vamos diagnosticar e receber os projectos e acções em curso”, acrescentou.
O novo gestor disse que vai aguardar pelo balanço das actividades desenvolvidas em 2017 e, em função dos resultados, traçar novas estratégias que vão guiar as acções para o futuro da empresa.
“Estamos numa nova era onde o Porto Comercial precisa de paz para granjear o prestígio que teve”, assinalou o ministro dos Transportes