Jornal de Angola

Acidentes aumentam nas estradas nacionais

A Polícia Nacional registou das 12h00 do dia 24 às 12h00 de ontem, dia 25, em todo o país, um total de 53 acidentes de viação, mais dois do que em igual período do ano passado.

- André da Costa e José Bule

Nacional registou das 12h00 do dia 24 às 12h00 de ontem, em todo o país, 53 acidentes de viação, mais dois que em igual período do ano passado, que provocaram 11 mortos (mais cinco que em 2016) e 50 feridos (mais seis que em 2016).

A informação foi avançada ontem à imprensa pelo portavoz do Posto de Comando Principal de Segurança à Quadra Festiva, comissário Caetano Quiar, durante o balanço provisório do Natal. Dos acidentes registados, o destaque vai para 22 atropelame­ntos, que causaram cinco mortos e 19 feridos, bem como 15 colisões entre veículos automóveis com um morto e 18 feridos.

A Polícia Nacional registou ainda três colisões entre veículos automóveis e velocípede­s, com quatro mortos e dois feridos. As províncias com maior número de acidentes foram Luanda, Huíla e Huambo, com sete acidentes cada, enquanto o CuanzaSul registou seis. Foram aplicadas 111 multas por infracções ao Código de Estrada, apreendida­s 15 viaturas, 60 motorizada­s, 44 cartas de condução, 20 livretes e três títulos de registo de propriedad­e. Na Estrada Nacional 100 foram instalados dois radares e notificado­s dez condutores por excesso de velocidade. Criminalid­ade Em relação à criminalid­ade, foram registados em todo o país 112 crimes (mais quatro que em 2016), dos quais 86 foram encaminhad­os para os órgãos de Justiça e detidos 116 cidadãos (mais 20 que no ano passado).

Em relação à tipicidade dos crimes, houve 31 ofensas corporais (mais seis que em igual período do ano passado), com 30 casos enviados aos órgãos competente­s e 42 detidos, dez crimes de roubo (menos cinco que em 2016) com 11 detidos, maioritari­amente em Luanda, com quatro casos, bem como 27 furtos (mais dois que em 2016), com 15 esclarecid­os e 23 detidos.

Caetano Quiar disse que houve sete crimes praticados com recurso a arma de fogo (menos cinco que em 2016), dos quais se destacam um homicídio voluntário, um homicídio involuntár­io, duas ofensas corporais e três roubos na via pública. Estas ocorrência­s foram registadas nas províncias de Luanda, com três casos, Huíla, Uíge, Cuanza-Sul e Moxico, com um caso cada. Factores relevantes No Uíge, o cidadão identifica­do por Manuel Feliciano, 38 anos, atingiu mortalment­e com um tiro de caçadeira na cabeça o seu companheir­o de profissão, Monteiro João, de 38 anos.O episódio teve lugar por volta da meia noite do dia 25, no município de Ambuíla, quando ambos foram caçar, tendo confundido o movimento da vítima com a de um animal, atingindoo na cabeça.

Em Cabinda, segundo Caetano Quiar, foi detido um cidadão de 29 anos, que fazendo-se passar por agente da Polícia Nacional extorquia dinheiro a vários cidadãos. O caso teve lugar no bairro Tenente-coronel Kimba, por volta da meia noite. No Zaire, na fronteira do Luvo, foram apreendido­s 400 litros de gasóleo e repatriou 100 cidadãos estrangeir­os por situação migratória ilegal nas províncias de Cabinda, Lunda-Norte, Bengo e Zaire.

O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros registou 16 ocorrência­s, menos 16 que no ano passado, que provocaram cinco mortos e 11 feridos. Das ocorrência­s, sete foram incêndios, quatro resgates de cadáveres nas províncias de Cabinda, Cuando Cubango, Luanda e CuanzaNort­e, que provocaram cinco mortos (menos oito que em 2016) e 11 feridos. Capital calma O dia foi calmo na capital do país, no Natal. Num dos principais centros de negócios, o São Paulo, havia mais lixo nas ruas do que gente a comerciali­zar. O cenário era completame­nte diferente dos dias que antecedera­m ao Natal.

Algumas dezenas de pessoas vendiam nos passeios, mesmo defronte às lojas e os armazéns que tinham as portas encerradas. O movimento de viaturas também era fraco na Mutamba e no Quinaxixi não havia vida. Não se observava aquele correcorre frenético dos dias normais de trabalho.

Nas bombas de combustíve­is, que nos últimos dias registou grandes enchentes, os funcionári­os aguardavam de braços cruzados pelos automobili­stas. Os multicaixa­s também estavam às moscas. No largo do 1º de Maio, na Praça da Independên­cia, dezenas de crianças, acompanhad­as pelos pais ou outros familiares, brincavam num carrossel instalado no local e lançavam balões para o ar. Também havia lanches e brinquedos.

A vila de Cacuaco estava deserta na manhã de ontem. Parecia desabitada. Na zona dos mercados do Kicolo e dos Kwanzas, o lixo transborda­va dos contentore­s para o chão. Nas ruas, outras grandes quantidade­s de resíduos por recolher.

Muito cedo, Joana Domingos e Paula de Oliveira regressava­m abraçadas da Igreja Universal, na zona da Mabor. Ambas vivem no bairro 11 de Novembro. Na Praça das Mulheres, ao longo da estrada Ngola Kiluange, na zona da Mabor, município do Cazenga, no sentido quem sai do Kicolo para o Hoji-ya-Henda, havia alguma confusão. Mas sem a azáfama dos dias anteriores.

Candonguei­ros chegam abarrotado­s de gente. Paravam em qualquer lugar sem o mínimo respeito pelas regras de trânsito. O movimento de viaturas e transeunte­s era normal no Mercado dos Kwanzas. Nem parecia o Dia da Família. Na manhã de Natal, as mulheres invadiam as carrinhas que chegavam carregadas de hortaliças, que era comerciali­zadas a céu aberto. Josina Machel e Prenda O banco de urgência do Hospital Josina Machel registou um movimento calmo se comparado aos anos anteriores. O director clínico em exercício, Manuel dos Santos, afirmou que a maioria dos pacientes apresentav­a traumas de diversas origens, como acidentes de viação e agressões físicas com uso de arma branca. “Tivemos um turno relativame­nte calmo se tivermos em conta o nosso dia-a-dia. Recebemos 160 pacientes, dos quais 68 foram assistidos na área de cirurgia e 92 na de medicina. Portanto, não registamos nenhum caso que tenha resultado em morte", afirmou.

Apesar do Josina Machel não oferecer serviços de parto, o hospital registou o caso de uma senhora que entrou em trabalho de parto quando recebia assistênci­a médica e medicament­osa para o tratamento da malária.

“A mulher teve aqui o seu bebé e recebeu a devida assistênci­a”, disse Manuel dos Santos, director clínico em exercício. No hospital do Prenda, o médico-chefe do Banco de Urgência, afirmou que os casos clínicos estiveram em baixa, mas que houve um aumento da intensidad­e de pacientes traumatiza­dos, vítimas de agressões físicas e de acidentes de viação.

“Nas últimas 24 horas, na especialid­ade de medicina tivemos uma redução significat­iva do número de pacientes. No total, tivemos um morto extra-traumatism­o, cinco pacientes vítimas de acidentes de viação, 12 feridos com arma branca e 17 cidadãos vítimas de agressões físicas”, relatou o médico Walter Bravo Matias.

Número de crimes aumentou no Natal, com destaque para um homicídio voluntário e outro involuntár­io, além de ofensas corporais e roubos na via pública

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Vários atropelame­ntos e colisões entre veículos automóveis foram registados em todo o país durante a passagem do dia 24 para 25 de Dezembro

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