SME repatria imigrantes em situação ilegal
O Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) em Malanje repatriou 199 cidadãos da República Democrática do Congo (RDC) de Novembro de 2016 a Novembro deste ano, por estada ilegal na província, informou ontem à imprensa o director provincial. Laureano dos Santos disse que os repatriamentos ocorreram a partir do posto fronteiriço de Tembo Aluma, no município de Marimba.
No mesmo período, o SME encaminhou para o Centro de Detenção de Estrangeiros Ilegais, em Luanda, oito vietnamitas, dois cidadãos da Guiné-Conacri, dois santomenses, dois chadianos, um gambiano, um chinês, um marfinense, um serra-leonês e um mauritaniano, para o devido tratamento legal.
Foram registados dez casos de auxilio à imigração ilegal envolvendo cidadãos nacionais, cujos processos foram remetidos ao Ministério Público para julgamento. De acordo com o responsável do SME, muitos imigrantes em situação ilegal que se instalam na região simulam ser camponeses, passando disfarçados pelas autoridades e, posteriormente, viajam em carros ligeiros pela calada da noite e em camiões contentorizados e cisternas de combustível para outras regiões do país.
Laureano dos Santos realçou que as medidas contra essas práticas consubstanciam-se no reforço do capital humano em todos os municípios da província, assim como na fiscalização dos pontos com maior probabilidade de entrada de cidadãos estrangeiros.
Laureano dos Santos preconizou a divulgação das leis migratórias, por meio de palestras em escolas, igrejas e demais instituições, como forma de prevenir a entrada no país de imigrantes em situação ilegal.
Malanje situa-se no centro-norte de Angola, fazendo fronteira terrestre com as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Uíge, CuanzaNorte, Cuanza-Sul e Bié, pontos esses usados pelos imigrantes em situação ilegal para atingirem o interior da província, com destino à capital do país.