Hospital Militar quer reduzir evacuações para o exterior
O Hospital Militar Principal-Instituto Superior vai apostar em 2018 na especialização dos seus médicos, elevar o número de atendimentos de pacientes e evitar a sua evacuação para o exterior do país.
Este desejo foi manifestado ontem, em Luanda, pelo director-geral daquela unidade hospitalar, brigadeiro Belmiro Rosa, durante a visita do secretário de Estado do Interior José Bamóquina Zau.
Belmiro Rosa disse que os poucos recursos financeiros alocados pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas Angolanas obrigou a direcção do Hospital Militara a ter uma gestão "apertada", para poder atender mais de 20 mil pacientes em três meses.
Para Belmiro Rosa, fica mais barato apostar na formação de dez médicos, que vão atender cerca de 200 a 300 pacientes, e evitar evacuar um único doente para tratamento no exterior e pagar acima de 20 mil dólares. “É mais fácil pegar neste dinheiro e formarmos médicos para atender mais pacientes no país e solucionar o problema das evacuações", disse.
O Hospital Militar Principal de Luanda, disse Belmiro Rosa, atendeu de Outubro, a Dezembro 20.400 doentes o que obrigou a direcção a fazer uma gestão muito rigorosa dos materiais disponíveis, devido à escassez de recursos financeiros. O banco de urgência atende por dia acima de 200 pacientes cujas patologias mais frequentes estão relacionadas com doenças cardiovasculares, AVC, tumores, VIHSida e tuberculose.
No próximo ano, o Hospital vai investir nos cuidados aos doentes crónicos e oncológicos, particularmente os que sofrem de insuficiência renal.
“Vivemos de alocações feitas pelo Estado-MaiorGeneral das FAA, para cobrir as despesas com material”, disse Belmiro Rosa, para acrescentar que só em análises clínicas e radiografias o hospital atendeu 34 mil pacientes em três meses.