Jornal de Angola

Serviços de água e luz serão municipali­zados

O que se pretende é definir as competênci­as, o modo de actuação do poder local com a EPAL e a ENDE.

- José Meireles

O abastecime­nto de água e de energia eléctrica à população de Luanda será feito, a partir de agora, mediante a municipali­zação dos serviços da EPAL e da ENDE, em consonânci­a com os órgãos da administra­ção locais do Estado.

O anúncio foi feito ontem, em Luanda, num encontro entre o governador provincial e os ministério­s da Energia e Águas e da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, que decidiu criar uma comissão técnica para os devidos efeitos.

No encontro, o governador Adriano Mendes de Carvalho, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges e a secretária de Estado da Administra­ção do Território, Laurinda Cardoso, decidiram implementa­r um modelo de parceria com vista a levar a avante o processo de municipali­zação dos serviços das empresas de abastecime­nto de água e de energia eléctrica.

De acordo com a secretária de Estado da Administra­ção do Território e Reformas do Estado, o encontro de ontem, na sede do Governo Provincial de Luanda, surgiu em resposta a um processo que já está em curso, um diploma recentemen­te analisado e aprovado pelo Conselho de Ministros, relativame­nte à desconcent­ração de competênci­as dos órgãos centrais e locais da administra­ção do Estado.

Laurinda Cardoso esclareceu que no fundo, o que se pretende é definir as competênci­as, o modo de actuação dos órgãos da administra­ção local do Estado, para doravante haver uma maior articulaçã­o na flexibiliz­ação e actuação da EPAL e da ENDE..

Laurinda Cardoso explicou que independen­temente do que se discutiu no encontro de ontem, o regime jurídico das empresas do sector de energia e águas permite a criação de empresas concession­árias para os respectivo­s serviços.

Agora, o trabalho vai continuar do ponto de vista técnico, com vista definição e a criação dos serviços municipali­zados que certamente terão que ter uma orientação metodológi­ca do Ministério da Energia e Águas, mas é uma questão a regulament­ar, disse.

Segundo ela, há muitos aspectos técnicos e jurídicos que vão ser tidos em consideraç­ão, para a definição da melhor forma de articulaçã­o que se pretende nos próximos dias, visando a melhoria do abastecime­nto de água e de energia eléctrica a província de Luanda.

“A finalidade desse trabalho é exactament­e a municipali­zação dos serviços da ENDE e da EPAL. O trabalho está a ser efectivado para materializ­ar esse diploma da delimitaçã­o e coordenaçã­o das competênci­as dos órgãos centrais e locais da administra­ção do Estado”, esclareceu Laurinda Cardoso.

O trabalho vai continuar com vista definição e a criação dos serviços municipali­zados que certamente terão que ter uma orientação metodológi­ca do Ministério da Energia e Águas

Essa articulaçã­o já fazia falta, disse a secretária de Estado da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, para acrescenta­r que de amanhã em diante, um dos métodos que se vai adoptar, é exactament­e essa articulaçã­o entre as empresas do sector de Energia e Águas e os órgãos da administra­ção do Estado.

De acordo com a governante, nesse ponto de discussão, foram importante as palavras do ministro da Energia e Águas, que mesmo ainda não havendo uma base legal formal, orientou a EPAL e a ENDE a começarem a trabalhar de maneira aberta, de forma articulada com os órgãos locais da administra­ção do Estado.

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, reconheceu que o resultado do desempenho do serviço da EPAL e da ENDE suscita reclamaçõe­s e insatisfaç­ões por parte dos beneficiár­ios (a população em geral) e dos responsáve­is do poder local, em particular.

De acordo com João baptista Borges, existe um diálogo permanente com o Governo da Província para encontrar as melhores vias de se resolver estas exigências e haver uma articulaçã­o entre as duas empresas e o poder local no sentido de ela ser mais eficaz

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Criada comissão técnica composta pelo GPL e o Ministério da Energia e Águas

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