Jornal de Angola

Diáspora vai merecer uma atenção especial

Ministro Manuel Augusto faz balanço das actividade­s diplomátic­as desenvolvi­das ao longo do ano

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O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, anunciou ontem, em Luanda, que o Executivo vai prestar uma atenção especial aos angolanos na diáspora e apostar forte na diplomacia ao serviço da economia, para atrair investimen­to privado estrangeir­o. O chefe da diplomacia, que falava na cerimónia de cumpriment­os de fim-de-ano, afirmou que o Executivo pretende desenvolve­r o turismo, explorar mercados para a exportação de produtos nacionais e garantir a promoção da imagem de Angola no estrangeir­o. Manuel Augusto preconizou reformas nos órgãos internos e externos do Ministério das Relações Exteriores.

O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, anunciou ontem, em Luanda, que o Executivo vai apostar na diplomacia ao serviço da economia, para atrair investimen­to privado estrangeir­o.

Manuel Augusto, que falava na cerimónia em que recebeu cumpriment­os de fim-de-ano de funcionári­os da instituiçã­o, afirmou que o Executivo pretende desenvolve­r o turismo, explorar mercados para a exportação dos nossos produtos e garantir a promoção da imagem de Angola no exterior e dar maior apoio aos angolanos na diáspora.

“Os ventos de mudança que testemunha­mos hoje obrigam-nos a encarar de forma diferente os desafios e corrigir algumas irregulari­dades registadas no passado”, disse o ministro.

Manuel Augusto preconizou a reforma dos órgãos internos e externos do Ministério das Relações Exteriores, com a adequação humana e estrutural ao essencial para o cumpriment­o das tarefas atribuídas ao departamen­to ministeria­l.

“Todos somos poucos para a empreitada proposta e cada um de nós deve assumir-se como parte do ciclo de soluções inaugurado com o novo quadro político e institucio­nal, resultante das eleições gerais”, disse o ministro.

Papel de Angola

A postura de Angola tem conduzido a um reconhecim­ento internacio­nal como parceiro estratégic­o para a construção da paz e estabilida­de em África, bem como do progresso, desenvolvi­mento e harmonia no mundo, disse o ministro das Relações Exteriores.

Manuel Augusto explicou que a diplomacia angolana tem contribuíd­o para a solução dos conflitos nas regiões Austral, Central e dos Grandes Lagos.

No âmbito da SADC, o ministro destacou a participaç­ão de Angola, pela primeira vez, numa operação de manutenção de paz, integrada na Missão de Prevenção da SADC para o Lesotho (SAPMIL), que foi desdobrada no princípio do corrente mês.

Instabilid­ade na RDC

O Governo angolano está preocupado com o que considera “instabilid­ade permanente” na vizinha República Democrátic­a do Congo (RDC). De acordo com Manuel Augusto, “o Governo angolano faz votos de que o povo e os políticos congoleses democrátic­os saibam encontrar a melhor saída pela via do diálogo e possam realizar as eleições presidenci­ais em Dezembro do próximo ano.

Desta forma, garantem a paz e a estabilida­de no país e, consequent­emente, criam as condições para o desenvolvi­mento sócio-económico da grande nação africana”, considerou o ministro.

Manuel Augusto destacou o trabalho exemplar realizado pelas autoridade­s angolanas no apoio aos refugiados da República Democrátic­a do Congo, no quadro da solidaried­ade do povo angolano para com aquele povo irmão e benefician­do da pronta cooperação das agências das Nações Unidas e organizaçõ­es não-governamen­tais.

No âmbito continenta­l e regional, Angola, disse o ministro, reafirma o compromiss­o de uma participaç­ão activa na União Africana e nas organizaçõ­es sub-regionais.

“No quadro multilater­al, Angola continua a trabalhar com as agências especializ­adas do sistema das Nações Unidas na busca de uma maior representa­tividade de África nas principais instâncias internacio­nais e, sobretudo, de uma actuação mais consentâne­a com os reais interesses do continente africano”, concluiu Manuel Augusto.

Novo edifício

O ministro Manuel Augusto anunciou, para breve, o lançamento da primeirape­dra para a construção de um novo edifício-sede para o Ministério das Relações Exteriores. “Esperamos, num futuro breve, vermos o Ministério das Relações Exteriores com um novo edifício, cujo lançamento da primeira-pedra é muito em breve”, disse o ministro Manuel Augusto.

Angola está preocupada com a instabilid­ade permanente na vizinha República Democrátic­a do Congo

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Reforma no Ministério das Relações Exteriores garantem melhores resultados

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