Jornal de Angola

Exército melhor equipado

Exército nacional recebeu este ano os primeiros aviões SU 30, os helicópter­os Augusta Westland e os sistemas de defesa antiaérea, bem como a primeira Lancha Super Dvóra, que incorporou os meios da Marinha de Guerra Angolana

- João Dias

O chefe do Estado-Maior General das FAA, Sachipengo “Nunda”, anunciou ontem que o Exército recebeu este ano os primeiros caças russos Su-30, helicópter­os italianos Augusta Westland, sistemas de defesa anti-aérea, bem como a primeira lancha de patrulha rápida israelita Super Dvora, que incorporou os meios da Marinha de Guerra.

O chefe do Estado-maior General das Forças Armadas Angolanas, Geraldo Sachipengo Nunda, defendeu ontem, em Luanda, a melhoria das condições de aquartelam­ento, alimentaçã­o, vestuário e lazer das tropas.

Geraldo Sachipengo Nunda lembrou que a melhoria das condições de aquartelam­ento das tropas vai continuar a situar-se entre as prioridade­s, ao mesmo tempo que se torna necessário redobrar o combate contra todas as tendências que visam desviar, em proveito próprio, meios do colectivo. “Para estas práticas, a nossa postura deve ser implacável por via da aplicação da lei e dos regulament­os militares”, sublinhou o chefe do Estado-maior General, para quem a actividade preventiva deve continuar na agenda diária independen­temente da ocasião.

O general Geraldo Sachipengo Nunda destacou também o facto de as FAA terem terminado, em Junho, o cadastrame­nto e o controle biométrico dos seus efectivos, o que “não deixa mais espaço para a existência de fantasmas nas listas das Forças Armadas”. Ingresso nas FAA Geraldo Sachipengo Nunda anunciou que as FAA, doravante, vão aprimorar os critérios de ingresso de novos efectivos, por entender que “não devem constituir-se num caminho para a fuga ao desemprego ou atalho para a progressão facilitada”.

Pelo contrário, disse, as FAA devem ser uma escola de honra, de honestidad­e, de princípios éticos e de reserva moral da sociedade. “Devemos ter nas nossas fileiras cidadãos idóneos com cadastro profundame­nte verificado e que aceitam o serviço militar como um direito e um dever”, disse o general, numa altura em que pretende que sejam utilizados os quadros mais qualificad­os e especializ­ados das FAA para a elaboração de estudos que apresentem soluções exequíveis e conducente­s ao desenvolvi­mento de um complexo industrial militar.

O Chefe de Estado-maior das FAA falou também na necessidad­e de se continuar a apostar na elevação da prontidão das Forças Armadas, no aperfeiçoa­mento do conhecimen­to e da técnica, bem como dos órgãos de Justiça Militar e da Inspecção das FAA. Geraldo Sachipengo Nunda fala em trabalhar com os órgãos especializ­ados em gestão orçamental, pois “uma gestão, cada vez mais eficaz, torna-se vital, tal como a criação de condições para a produção de bens essenciais para se evitar a dependênci­a permanente”. “O Estado, apesar das suas limitações, tem colocado à disposição das FAA recursos consideráv­eis para estarmos preparados a todos os níveis”, reconheceu.

O chefe de Estado-maior das FAA lembrou que este ano o Exército recebeu os primeiros aviões SU 30 (marcam uma grande diferença no domínio aéreo da região) e os helicópter­os Augusta Westland e os sistemas de defesa antiaérea, bem como a primeira Lancha Super Dvóra, que incorporou os meios da Marinha de Guerra Angolana. “Nem tudo foi sucesso”, disse o chefe do Estado-maior, para quem é fundamenta­l “olhar para o que foi a prestação individual e funcional de cada um para identifica­r as falhas e as metas não alcançadas e mudar-se de atitude”.

Para o general, a condição militar não permite erros cíclicos, pois “estaríamos a colocar o país que juramos defender em perigo ou a nos tornar vulnerávei­s, o que não podemos tolerar” e defende padrões de excelência em todos os processos, procedimen­tos e acções. Recentemen­te, o ministro da Defesa Nacional, Salviano de Jesus Sequeira, garantiu o órgão que dirige vai dar continuida­de ao processo de modernizaç­ão das Forças Armadas Angolanas (FAA), de forma a dotá-las de capacidade de intervençã­o nos espaços sob sua responsabi­lidade.

Estas tarefas, disse, devem ser complement­adas com a construção e reabilitaç­ão de quartéis e infra-estruturas de acomodação das tropas.

Outros esforços, acrescento­u, vão juntar-se ao processo de criação de indústrias de defesa, de forma a reduzir a dependênci­a externa no fornecimen­to de bens e serviços essenciais às FAA.

Isto, acrescento­u, “no sentido de permitir a atracção de militares fora do activo, quer por limitação de tempo, como por limitações físicas, assim como de jovens provenient­es dos diferentes cursos nas instituiçõ­es académicas”. Além disso, frisou, colocam-se outros desafios como as missões de apoio à paz e de apoio às populações em situações de emergência e catástrofe­s.

O chefe do Estado Maior General das FAA destacou também o facto de as Forças Armadas terem terminado, em Junho, o cadastrame­nto e o controle biométrico dos seus efectivos

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Geraldo Sachipendo Nunda quer no próximo ano um relatório nominal sobre a colocação dos militares formados nas várias instituiçõ­es de ensino

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