Produção de inertes duplicou este ano
A exploração de inertes em 2017 mais do que duplicou no Cunene, ao atingir o volume de 43.132 metros cúbicos, valores muito acima dos 15.620 metros cúbicos de 2016.
O director da Indústria, Geologia e Minas do Cunene, Daniel Darwin, disse à Angop que 8.688 metros cúbicos correspondem a brita, 8.400 a areia para construção civil e 26.044 a solos explorados a nível dos municípios do Cuanhama e Cahama.
Das 35 empresas do sector extractivo legalizadas na província, apenas três estiveram em plena actividade, duas no Cuanhama e uma na Cahama, o que resulta da situação financeira que o pais atravessa.
Em termos de receitas, o sector arrecadou 1,865 milhões de kwanzas em emolumentos pagos pela emissão de alvarás, guias de exportação, declarações fiscais e credenciais para o transporte de inertes.
Daniel Darwin notou que houve uma redução considerável das receitas arrecadadas devido à situação financeira que se regista no país, o que obrigou a paralisação da actividade de 32 empresas que se dedicam à exploração de recursos minerais na província.
Perigo ecológico
Na Huíla, o Governo Provincial decidiu, em Novembro, proibir ainda este ano a exploração de inertes no cimo da Serra da Chela, área onde se encontra o monumento do Cristo Rei, como forma de preservar o equilíbrio ecológico.
O Lubango tem uma actividade crescente de exploração de inertes e, só nos primeiros seis meses do ano em curso, produziu 20.694 metros cúbicos de brita e 1.855 de areia para a construção civil, esta última, uma actividade que já esteve em plena expansão na Huíla .
A cifra representa um aumento de 4.373 metros cúbicos em relação ao período homólogo de 2016, informou, em Setembro, a directora provincial do sector, Paula Joaquim.