ONG africana elogia reconciliação no Mali
A organização não-governamental (ONG) “Fundação Pax Africana” elogiou o regresso do exílio do antigo Presidente maliano Amadou Toumani Touré, e qualificou as condições de facilitação deste acto de “gesto que engrandece o Mali”.
Em declaração transmitida na sexta-feira à Panapress, em Lomé, a sua sede, a ONG liderada pelo antigo Secretário-Geral da OUA (Organização de Unidade Africana), o togolês Edem Kodjo, saúda este gesto que pode “acelerar a reconciliação entre todos os seus filhos (do Mali)”.
“A aprendizagem democrática na África Subsariana manda a todos os nossos Estados reservar tratamentos republicanos, adequados e dignos aos antigos Chefes de Estado para encorajar os processos de devolução pacífica e democrática do poder”, congratulou-se a Pax Africana De igual modo, a Fundação encorajou também o Presidente Amadou Touré a “honrar a sua palavra e não imiscuir-se no debate político em curso no Mali, depois do seu regresso ao país natal” e por esta “linda lição que o Mali acaba de dar a toda África”.
A 24 de Dezembro último, Amadou Toumani Touré regressou ao país, por instrução e com o apoio do actual Presidente, Ibrahim Boubacar Keita, depois de mais de cinco anos de exílio no Senegal.
Boubakar Keita colocou à disposição do antigo Presidente o seu avião presidencial que o foi recolher na capital senegalesa, onde se encontrava exilado desde o golpe de Estado que o destituiu em Março de 2012.
“De forma consciente e sem cálculo político, pelo Mali e em nome da reconciliação nacional, tomei a decisão de enviar a aeronave da República para ir buscar Amadou Toumani Touré, em Dakar, e trazê-lo a Bamako”, declarou na altura o Presidente maliano.
Na mesma ocasião, os responsáveis do Partido para o Desenvolvimento Económico e Social (PDES), que apoiou o antigo Presidente de 2007 a 2012, convidaram militantes e simpatizantes a concentrar-se no aeroporto internacional Modibo Keita de Bamako-Sénou para reservar um “acolhimento caloroso ao antigo Presidente maliano”. Eles agradeceram a todos os que trabalharam para este regresso, nomeadamente o Presidente Ibrahim Boubacar Keita. Amadou Touré foi derrubado em Março de 2012 num golpe de Estado dado por oficiais.