Palestinos exortados a cumprir os acordos
O Egipto exortou o partido nacionalista palestino Fatah e o movimento Hamas a executarem de forma séria o acordo de reconciliação assinado em Outubro no Cairo.
Fontes palestinas disseram à agência Efe que os Serviços de Inteligência do Egipto, que actua como mediador da reaproximação entre os dois grupos, registou “infracções” do pacto por ambas as partes.
No entanto, o Fatah e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) foram responsabilizados em maior medida pelo atraso na aplicação do acordo.
Segundo as fontes ouvidas pela Efe, uma delegação dos Serviços de Inteligência do Egipto que estava em Gaza deixou a região no início de Dezembro, ao condicionar o retorno a que ambas as partes mostrem seriedade para resolver os assuntos pendentes. As fontes indicaram que os mediadores egípcios mostraram-se insatisfeitos com o facto de o governo de unidade nacional, liderado pelo primeiro-ministro palestino, Rami Hamala, ainda não ter assumido o poder em Gaza, o que deveria ter ocorrido no passado dia 10 de Dezembro.
Desde o fim de Novembro foram registados incidentes e desavenças que atrasaram a transferência de poderes na Faixa de Gaza, controlada até então pelo Hamas. Os grupos trocaram acusações sobre os motivos do atraso.
A semana passada, uma delegação do Fatah foi ao Cairo para discutir os obstáculos da aplicação do acordo, mas o Hamas não enviou representantes para a reunião, como estava previsto. Em Outubro, o Hamas aceitou ceder o controlo de Gaza para um governo de unidade nacional depois de dominar a região por dez anos.