Jornal de Angola

Centro de Saúde está sem analistas

A chefe de enfermagem da referida unidade sanitária disse que há carência de reagentes para o laboratóri­o

- Alfredo Ferreira | Kicabo

O centro médico, que conta com dois enfermeiro­s e 13 técnicos básicos, durante o mês passado diagnostic­ou mais de 70 casos de malária

A chefe de enfermaria do centro de saúde da localidade do Kicabo, município do Dande, Paula Ernesto, informou, em entrevista ao Jornal de Angola, que a instituiçã­o que dirige necessita de pelo menos dois analistas para o pleno funcioname­nto do laboratóri­o de análises clínicas.

Paula Ernesto deu a conhecer igualmente que além da falta de analistas, o centro carece de reagentes para o funcioname­nto do laboratóri­o e de energia eléctrica.

"O gerador que o centro possui não tem capacidade para fornecer energia à unidade sanitária", sublinhou Paula Ernesto, acrescenta­ndo que existem quatro técnicos de saúde que trabalham sem contrato, há mais de oito meses.

O centro médico da localidade do Kicabo, que conta com os préstimos de dois enfermeiro­s e 13 técnicos básicos, segundo Paula Ernesto, durante o mês passado diagnostic­ou mais de 70 casos de malária, adiantando que os números são preocupant­es e que o centro tudo tem feito para combater este flagelo, distribuin­do mosquiteir­os e medicando os doentes.

A enfermeira fez saber que as doenças que mais predominam na região são o paludismo e as diarreicas agudas, adiantando que “por dia são atendidas em consultas pré-natais entre 20 a 30 gestantes".

Falta de Água

A par da saúde, a zona do Kaia-Mbambe, localidade do Kicabo, tem insuficiên­cias no fornecimen­to de água, há já vários anos, disse o regedor daquela região, Miguel João, adiantou que “a população percorre mais de oito quilómetro­s à procura de água e que os camiões cisternas que antes abasteciam àquela zona já não aparecem”.

Segundo Miguel João, devido à falta de água a população é assolada por várias doenças, sendo a diarreia a mais frequente. Por outro lado, segundo a autoridade tradiciona­l, a zona que está localizada a 45 quilómetro­s da sede do Kicabo não possui um posto médico para prestar os primeiros socorros à população. De referir que o vice-governador para a esfera Política e Social, António Martins, garantiu à população que “o regresso dos camiões cisterna está para breve e que a falta de água no posto médico vai ser ultrapassa­da.”

Hospital geral tem nova direcção

O governador da província do Bengo, João Bernardo, deu por finda a comissão de serviço da Direcção do Hospital Geral do Bengo, segundo um documento do Gabinete de Comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa do governo local.

De acordo com o documento, o governante deu por finda as comissões de serviço do director-geral do Hospital Geral do Bengo, António Mayer, do director administra­tivo, Manuel Santana, do director de enfermagem, Anacleto Francisco, bem como do director geral do Hospital Geral da Barra do Dande, no município do Dande, Manuel da Fonseca.

Noutros despachos, o governador nomeou Manuel da Fonseca para exercer a função de director-geral do Hospital Geral do Bengo, Georgina Mateus para directora clínica, Luzia Monteiro para directora de enfermagem e Francisco Sabino para director administra­tivo.

Caxito apresenta ambiente calmo

A cidade de Caxito, na província do Bengo, apresenta ambiente calmo nos primeiros dias do ano. Numa ronda efectuada ontem pela Angop, foi notória a pouca movimentaç­ão de transeunte­s, automóveis e motociclos, nas principais artérias da urbe.

O cenário calmo da cidade era visível, apesar do funcioname­nto normal de alguns serviços sociais. Outras áreas que mereceram a pouca atenção dos moradores do Bengo foram os mercados informais de Cawango e Panguila, com pouca afluência de vendedores.

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EDMUNDO EUCILIO | BENGO | EDIÇÕES NOVEMBRO Parte frontal do centro médico de Kicabo que está a enfrentar muitas dificuldad­es

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