Presidente recebe artistas
Incentivos para a criação, no país, de uma fábrica de discos, implantação da carteira profissional e protecção intelectual, através dos direitos de autor, constam das preocupações apresentadas ao Chefe de Estado na sua primeira audiência do ano
O Presidente da República, João Lourenço, garantiu ontem apoio aos músicos e demais fazedores de arte, para que estes possam ampliar os seus rendimentos e participar, com o seu trabalho, na diversificação da economia nacional. Durante uma audiência no Palácio Presidencial da Cidade Alta, assistida pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, os músicos e demais fazedores de arte expuseram as suas preocupações ligadas a direitos autorais e incentivos na importação de discos.
O Presidente da República, João Lourenço, garantiu ontem apoio aos músicos e demais fazedores de arte, para que estes possam ampliar os seus rendimentos e participar, com o seu trabalho, na diversificação da economia nacional.
Durante uma audiência no Palácio Presidencial da Cidade Alta, assistida pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, os músicos e demais fazedores de arte expuseram as suas preocupações, principalmente ligadas a direitos autorais, incentivos na importação de discos e a carteira profissional.
No final, os artistas elogiaram a abertura do Chefe de Estado para ouvir as suas preocupações e o empenho para resolver os problemas apresentados. O saxofonista Nanuto destacou, entre as garantias dadas pelo Presidente João Lourenço, o apoio para a instalação de uma fábrica de discos em Angola, para minimizar as dificuldades dos músicos com os altos custos de importação de discos.
Nanuto revelou que o Chefe de Estado garantiu que a fábrica de discos pode surgir como investimento privado e que o Executivo daria todo o apoio necessário, para que o país possa contar com a estrutura o mais breve possível. “O Presidente pediunos para apresentarmos projectos”, disse o saxofonista, para acrescentar que, pela conversa mantida, deu para observar que o Presidente da República “desconhecia muita coisa” de que ficou ao corrente depois de ouvir dos próprios músicos e fazedores de arte.
O compositor Paulo Flores, que ofereceu ao Presidente da República o seu mais recente disco, intitulado “Candongueiro Voador”, também elogiou a abertura ao diálogo e a forma como João Lourenço permitiu que os músicos expusessem as suas preocupações.
O humorista Cesalty Paulo, do grupo os Tunezas, afirmou que o facto de o Presidente da República ter recebido os fazedores de arte na sua primeira audiência do ano mostra bem a importância que o Titular do Poder Executivo dá à Cultura.
No dia 29 de Setembro, três dias após a investidura como Presidente da República, João Lourenço tam- bém recebeu um grupo de músicos, aos quais elogiou o trabalho, pela recriação e renovação das variadas linhas melódicas e introdução de novas propostas que, segundo o Presidente da República, tocam o coração dos angolanos e rompem fronteiras.
Em Agosto, ainda enquanto candidato a Presidente da República, João Lourenço assumiu o compromisso de conjugar esforços para potenciar o financiamento à cultura através do reforço da legislação e da criação de condições para o fomento de empresas que possam obter lucros com os produtos culturais.
João Lourenço prometeu cumprir cabalmente as linhas orientadoras da política cultural, que prevê o aumento da rede de infra-estruturas culturais por todo o país, da qual fazem parte bibliotecas, arquivos, museus, casas de cultura, teatros, cinemas e outros espaços. A acção, explicou o Presidente João Lourenço, implica, igualmente, o aumento de quadros nas respectivas especialidades, que garantam o normal funcionamento das instituições.
“Não podemos deixar em mãos alheias os créditos firmados por insignes cultores das nossas mais variadas expressões artísticas que fizeram da marca Angola um modelo ímpar e exemplar”, assinalou o Presidente da República, que destacou igualmente a importância do desenvolvimento das indústrias culturais ligadas à produção de livros, à realização do carnaval e à recuperação da produção cinematográfica.
“Estamos certos que, apesar das actuais dificuldades, passos certos serão dados para que todas as expressões das artes e da cultura possam encontrar os recursos e as infra-estruturas que garantam o seu desenvolvimento”, disse, para lembrar que o associativismo cultural é uma via para a promoção das artes e da cultura.
O Presidente da República garantiu trabalhar para que a cultura assuma um lugar de relevo na economia, participando na diversificação e na geração de riqueza e bemestar para as comunidades e defendeu a criação de oportunidades de trabalho e rendimento para os criadores, para forjar a identidade nacional e os valores fundamentais.
Artístas aplaudem a abertura do Presidente da República, João Lourenço, ao diálogo e a resposta pronta aos principais problemas dos fazedores das artes