Jornal de Angola

Aumenta o número de pessoas deslocadas

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A violência armada e a deterioraç­ão da situação humanitári­a na República Centro Africana elevou o número de refugiados e de deslocados internos ao nível mais alto registado para esse país, já que eles são quase um quarto dos 4,6 milhões que conformam a população, informou na sexta-feira a ONU.

Os ataques e a violência armada no país fizeram com que o número de deslocados internos tenha aumentado 50 por cento no ano passado, ao passar de 400 mil registados em Maio para 600 mil no final de 2017, disse na conferênci­a de imprensa da ONU em Genebra o portavoz da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Babar Baloch.

No total, os deslocados e os refugiados somam uma quarta parte da população centro africana, a cifra mais alta observada para essa nação. Mais de cinco mil refugiados chegaram ao sul do Chade desde o final de Dezembro do ano passado, fugindo dos combates entre grupos armados do Movimento Nacional para a Libertação da República Centro Africana (MNLC) e da Revolução e Justiça (RJ) na região de Paoua. A localidade também conta com 20 mil pessoas deslocadas internamen­te.

A ACNUR registou com o Governo do Chade cerca de 2.350 refugiados novos na localidade de Odoumian, situada a 15 quilómetro­s da fronteira da República Centro Africana. Muitos dos refugiados chegaram a cruzar a pé a fronteira para entrar no país. Os funcionári­os locais afirmam que chegaram cerca de 5,6 mil refugiados desde 27 de Dezembro, quando começou o combate mais recente.

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