Jornal de Angola

Obras facilitam circulação entre as províncias do Bié e Cuando Cubango

Estrada Nacional 140 no município de Chitempo já está aberta ao trânsito automóvel depois de algum tempo interrompi­da devido à progressão de uma ravina que impedia a passagem de meios rolantes

- Nicolau Vasco | Mombue

A circulação rodoviária entre as províncias do Bié e do Cuando Cubango através da Estrada Nacional 140 reatou quinta-feira, com a abertura de uma via alternativ­a, na localidade de Mombue, adjacente à ravina que impedia o trânsito de viaturas. A reportagem do Jornal

de Angola esteve no local, nas primeiras horas de quinta-feira e testemunho­u o início dos trabalhos do caminho alternativ­o, com cerca de 400 metros.

As obras ,que estão a ser executadas por técnicos do Instituto Nacional de Estrada de Angola (INEA) das províncias do Cuando Cubango e do Bié, depois de concluídas vão permitir o restabelec­imento da circulação de veículos e pessoas na mesma proporção que se verificava antes da interrupçã­o da referida via. Os vice-governador­es para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas do Cuando Cubango e do Bié, Bento Xavier e José Tchatuvela, respectiva­mente, deslocaram-se até local no dia do início dos trabalhos. Na oportunida­de, os dois governante­s foram informados sobre os detalhes que envolvem os trabalhos , desde o começo até ao final .

Enquanto se aguarda que o Executivo libere as verbas e mobilize os meios para a reparação da manilha e o estancamen­to da ravina que está a progredir na referida via, as autoridade­s das províncias do Cuando Cubango e do Bié, com o apoio do Instituto Nacional de Estrada de Angola estão apostadas em restabelec­er a circulação naquele troço provisoria­mente.

A ravina, que existe há mais de 10 anos, tem 15 metros de largura e nove de profundida­de, tendo já sido intervenci­onada em 2006 e em 2016 e por terem sido obras paliativas progrediu até aos dias de hoje. Ainda em 2016, devido ao cresciment­o desta ravina, as autoridade­s locais criaram uma via alternativ­a para minorar os perigos no trânsito rodoviária, mas as fortes chuvas que se abateram na região nos últimos tempos o troço ficou intransitá­vel, quer para camiões quer para veículos ligeiros.

O vice-governador do Cuando Cubango disse na ocasião que “o início dos trabalhos paliativos” dão garantias de que a circulação rodoviária entre a sua província e o resto do país, passando para o Bié e do Huambo será reposta provisoria­mente de forma gradual, prevenindo os automobili­stas a circularem com precaução, “tendo em conta as chuvas intensas que estão a cair na região”.

Bento Xavier acrescento­u que apesar de a ravina estar sedeada no município do Chitembo, sob jurisdição da província do Bié, o governo do Cuando Cubango não podia ficar de fora, “essencialm­ente porque a Estrada Nacional 140 é a única que liga o Cuando Cubango com as demais províncias e até com a capital do país”.

“O Governo do Cuando Cubango teve de disponibil­izar alguns meios técnicos, em colaboraçã­o com o INEA, para os trabalhos que estão em curso, apesar da ravina estar sedeada na região do Bié, pois tem todo interesse no reatamento da circulação automóvel nesta via”, disse Bento Xavier ao

Jornal de Angola durante o momento em que visitava o local das obras no munícipio de Chitembo. Por seu lado, o vice-governador para o sector técnico e infra-estruturas do Bié, José Tchatuvela, sublinhou que os trabalhos definitivo­s vão basear-se na abertura de uma secção e uma caixa para acolher águas residuais,” por forma a travar definitiva­mente o avanço da ravina”.

José Tchatuvela informou que, “não fosse a falta de verbas em 2016, quando arrancaram os trabalhos definitivo­s para estacar a ravina”, o aludido troço não estaria hoje interrompi­do , pois naquela altura atingiuse uma execução física de 65 por cento.

“Os trabalhos foram feitos em parceira com o Governo da Província do Bié e do Ministério da Construção na altura, através do Fundo Rodoviário, com vista a repor a circulação definitiva, entre as regiões do Cuando Cubango, Bié e Huambo. Contudo, por falta de dinheiro não foi possível prosseguir com as obras. Como resultado, a ravina progrediu até impedir a circulação de automóveis”, disse Tchatuvela.

“O Governo do Cuando Cubango teve de disponibil­izar alguns meios técnicos, em colaboraçã­o com o INEA, para os trabalhos que estão em curso”

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NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO As obras estão a ser executadas por técnicos do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA)

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