Associações querem criação de incentivos
O Secretário-Geral da União dos Jornalistas Angolanos (UJA) considerou que as acções que o Presidente da República aponta para a melhoria do acesso à informação são aquelas que sempre estiveram na base das preocupações da classe, sobretudo quando aponta para a promoção da participação da iniciativa privada na Comunicação Social, uma vez que a tendência no Mundo, em regimes democráticos, é a redução do papel dos órgãos públicos nesse domínio.
Miguel de Carvalho “Wa dijimbi” disse que para haver uma diversidade de opinião, impõe-se um crescente envolvimento dos agentes privados para permitir que cada extracto da sociedade possa exprimir o seu ponto de vista nos órgãos de comunicação social, cuja linha editorial seja do seu agrado.
O Secretário-Geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) disse que o SJA entende que a Comunicação Social é importante para a democracia. Por esta razão, o Estado deve concretizar os incentivos da Comunicação Social previstos na Lei de Imprensa. Teixeira Cândido entende que não faz sentido, em 40 anos de Independência, apenas quatro províncias tenham mais de uma estação de rádio e que num país com mais de 24 milhões de habitantes não haja 500 mil jornais por dia no mínimo.
O sindicalista alerta que se o Estado não concretizar os incentivos previstos na Lei de Imprensa muitas rádios podem desaparecer. Considera, por outro lado, que os órgãos públicos são insustentáveis. Questionou também os critérios para a nomeação dos administradores dessas empresas públicas, bem como a falta de independência.
Teixeira Cândido afirmou que os poucos órgãos privados fazem contas à vida todos os dias, porque a publicidade, principal fonte de receitas, foi reduzida.