Jornal de Angola

Vício em jogos já é visto como distúrbio mental

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A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) decidiu incluir o vício em jogos de vídeo como um distúrbio mental com o nome “distúrbio de games” (jogos).

O “distúrbio de games” já vai constar da 11.ª Classifica­ção Internacio­nal de Doenças (CID), um documento que descreve o problema como padrão de comportame­nto frequente ou persistent­e de vício em jogos, tão grave que leva “a preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida”.

A última versão da CID foi finalizada em 1992 e a nova vai ser publicada este ano, devendo trazer códigos para as doenças, sinais ou sintomas. A Classifica­ção Internacio­nal de Doenças é usada por médicos e pesquisado­res para rastrear e diagnostic­ar doenças.

Alguns países já haviam identifica­do o “distúrbios de jogos” como um problema importante para a saúde pública. Muitos países, como o Reino Unido, têm clínicas autorizada­s a tratar o distúrbio.

A nova versão do documento da Organizaçã­o Mundial da Saúde vai sugerir que comportame­ntos típicos dos viciados em jogos devem ser observados por um período de mais de 12 meses para que um diagnóstic­o seja feito.

Em 2013, no Manual de Estatístic­as e Diagnóstic­os de Distúrbios Mentais, o distúrbio relacionad­o com jogos e vídeo games era considerad­o “condição a ser estudada”, o que significa que não era oficialmen­te reconhecid­o.

Muitos países já adoptam até mesmo medidas mais sérias para combater o problema. Na Coreia do Sul, por exemplo, o Governo criou uma lei para proibir o uso de jogos de vídeo por menores de 18 anos entre meianoite e as seis da manhã.

No Japão, os jogadores são advertidos, caso passem mais do que uma certa quantidade de horas por mês a jogar e, na China, a empresa Tencent determinou um limite de quantidade de horas que uma criança pode jogar.

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CREDIT ABIR SULTAN | AGENCE FRANCE-PRESSE O vício em jogos é encarado como problema de saúde pública

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