OMS aprova vacina contra a febre tifóide
Uma vacina conjugada contra a febre tifóide, criada pela farmacêutica Bharat Biotech, foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considerou ter a Typbar-TCV todos os padrões de qualidade, segurança e eficácia para ser comercializada.
Num documento, tornado público há dias, a OMS disse acreditar que, com a criação da vacina contra a febre tifóide, o uso de antibióticos para o combate à doença vai ser diminuído.
A agência especializada das Nações Unidas entende que a prioridade no acesso à vacina deve ser para os países com muitos casos ou onde há resistência a antibióticos para combater a bactéria Salmonella Typhi, que causa a doença.
De acordo com a OMS, as vacinas conjugadas são produtos inovadores que oferecem maior tempo de imunidade em doses menores e podem ser oferecidas a crianças em campanhas rotineiras de imunização.
A recomendação é que a vacina seja aplicada em crianças maiores de seis meses, em países onde a doença é endémica. Com isso, a imunização pode ser adquirida por agências da ONU, como a Organização das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), e a Aliança Gavi de Vacinas.
A OMS acentua que, para milhões de pessoas que vivem em países de baixo e médio rendimento, a febre tifóide é uma realidade sempre presente. São registados entre 11 e 20 milhões de casos por ano no Mundo com uma média de 160 mil mortes.
No fim do ano passado, a Aliança Gavi aprovou um financiamento de 85 milhões de dólares norte-americanos para a aquisição da vacina e o dinheiro vai estar disponível a partir de 2019.
A pré-qualificacão da OMS é tida como “um passo crucial para que o produto esteja disponível em países de baixo rendimento, que são os que mais precisam da imunização”.
A febre tifóide é uma doença fatal, que se espalha por meio da água ou de alimentos contaminados. Entre os sintomas estão febre, fadiga, dor de cabeça, dores abdominais, diarreia ou constipação. As comunidades pobres e crianças são as mais afectadas. A OMS acredita que a urbanização e a mudança climática têm o potencial de aumentar os riscos da febre tifóide, sem contar a resistência ao tratamento com antibióticos