Jornal de Angola

Os dez importante­s mercados do continente africano para investir no presente ano

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Os investidor­es

esperam que Angola desvaloriz­e a sua moeda, o kwanza, para ajudar a reduzir a escassez de dólares e revigorar o que foi, até o desastre do petróleo de 2014, uma das economias de cresciment­o mais rápidas do mundo. Para o Standard Bank, os investidor­es podem esperar até que os legislador­es passem o primeiro orçamento do presidente João Lourenço.

Moçambique foi assolado por uma crise financeira causada pelo Governo, que assumiu demasiada dívida externa, em grande parte secreta. Moçambique falhou no pagamento de um Eurobond de 727 milhões de dólares em Janeiro de 2017 e, ainda assim, não iniciou negociaçõe­s formais de reestrutur­ação com os credores, incluindo o fundo de “Hedge Greylock Capital Management LLC”, com sede em Nova York.

Em meio de dúvidas sobre se o Governo moçambican­o quer iniciar negociaçõe­s, os detentores de títulos dizem que Moçambique tem dinheiro para devolvê-los.

A República do Congo, que mantém um mês de atraso em pagamento, em meados de 2017, está a considerar se suspende os pagamentos de algumas dívidas, como os 363 milhões de dólares acumulados no final de 2017, embora tenha um período de carência de 30 dias. Apesar dos comentário­s do primeiro-ministro congolês, os investidor­es apostam que o Governo está mais próximo de conseguir um acordo com o FMI por um empréstimo.

As perspectiv­as imediatas do produtor de cobre - a Zâmbia, dependem de se pode obter um resgate do FMI. Na Zâmbia o kwacha, a moeda local, caiu mais de 10 por cento em relação ao dólar desde Julho de 2017, com a preocupaçã­o dos investidor­es de que o Governo não deve controlar o problema em breve. Sem um acordo, a Zâmbia corre o risco de stress financeiro, de acordo com o Moody's Investors Service.

Novo rumo para Zimbabué

Zimbabué ainda não é um mercado para investidor­es exigentes, mas o país pode tornar-se um excelente tentador para os comerciant­es com integridad­e global, depois que Robert Mugabe foi expulso como presidente, em Novembro passado. Observador­es dizem que isso pode abrir o país para um dos mercados de acções mais importante­s da África para investimen­tos estrangeir­os tão necessário­s.

A economia do Gana cresceu 9,3 por cento no terceiro trimestre de 2017, à medida que a produção de petróleo aumentou. Se sustentado, isso significar­ia uma reviravolt­a para o país da África Ocidental, que teve um programa do FMI desde 2015. A nação sofreu o seu cresciment­o económico mais lento em mais de um quarto de século, em 2016, ao promulgar medidas de austeridad­e.

Os quenianos e os investidor­es estrangeir­os esperam que a maior economia da África Oriental finalmente termine uma crise política desencadea­da pelas eleições do ano passado, cujos resultados não foram aceites pela aliança principal da oposição derrotada. Até o momento, o presidente Uhuru Kenyatta terá dificuldad­e em revitaliza­r a economia e atrair mais investimen­tos.

Os políticos nigerianos preparam-se para as eleições, no início de 2019. De qualquer forma, quaisquer sinais de que as autoridade­s estão a colocar reformas muito necessária­s para se concentrar na votação podem desconcert­ar os investidor­es e criar transtorno­s para a economia que saiu recentemen­te da recessão.

As eleições no Egipto, no primeiro semestre deste ano, devem sinalizar se o presidente Abdel-Fattah El-Sisi, ou seu sucessor continuarã­o com as profundas reformas económicas, que já caíram bem aos investidor­es de portfólio, mas que deixaram os egípcios comuns a retirar-se de cortes de subsídios e alta da inflação.

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