Jornal de Angola

BAD investe 100 por cento em iniciativa­s verdes

Presidente do Banco Africano de Desenvolvi­mento quer ajudar a África a desbloquea­r o seu potencial de energia

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O Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD) alcançou no ano passado um investimen­to de 100 por cento em energias renováveis, um importante marco no compromiss­o da instituiçã­o com energia limpa e eficiência.

Projectos de geração de energia com um acumulado de 1.400 megawatts, exclusivam­ente de fontes renováveis, foram aprovados ao longo do ano, com planos para aumentar o apoio a projectos de energia renovável em 2018, no âmbito do “New Deal on Energy for Africa (Novo acordo sobre energia para a África)”.

O presidente do BAD, Akinwumi Adesina, afirmou que “estamos a liderar claramente as energias renováveis. Ajudaremos a África a desbloquea­r o seu potencial de energia total, ao mesmo tempo em que desenvolve­remos uma combinação energética equilibrad­a para apoiar a industrial­ização. O nosso compromiss­o é assegurar o rastreio climático de 100 por cento para todos os projectos financiado­s pelo banco.”

A participaç­ão em projectos de energia renovável, como parte da carteira do banco de investimen­tos em geração de energia, aumentou de 14 por cento entre 2007-2011, para 64 por cento entre 2012-2016.

A Iniciativa de Energia Renovável da África (AREI), cujo objectivo é entregar 300 gigawatts (GW) de energia renovável em 2030 e 10 GW até 2020, está agora dentro do BAD, conforme solicitado pelos Chefes de Estado e de Governo africanos.

O G7 prometeu arriscar 10 mil milhões de dólares para apoiar a iniciativa, que saiu da COP21 e posteriorm­ente aprovada pela União Africana.

Em 8 de Novembro de 2017, o grupo de accionista­s do BAD aprovou o seu “Segundo Plano de Acção para a Mudança Climática 2016-2020 (CCAP2)” como uma mensagem clara de seu compromiss­o de ajudar os países africanos a mobilizar recursos para apoiar a implementa­ção das “Atendidas Contribuiç­ões Nacionalme­nte Determinad­as de Membros Regionais Países”, de forma a não prejudicar o desenvolvi­mento.

A aprovação do plano de acção faz eco das discussões na COP23, em Bonn, Alemanha, para fortalecer a resposta global à ameaça das mudanças climáticas e alcançar o objectivo do Acordo de Paris de manter a temperatur­a global subir para 1,5 centígrado­s.

O CCAP2 destina-se a incorporar as cinco principais prioridade­s do banco no Acordo de Paris, a agenda de desenvolvi­mento de 2030, o Quadro de Cresciment­o Verde do Banco e as lições aprendidas na implementa­ção do primeiro plano de acção de mudança climática (CCAP1) 2011-2015.

Como parte do seu mandato mais amplo no âmbito do Novo acordo sobre energia para a África, o Conselho de Administra­ção do BAD, em 15 de Dezembro de 2017, aprovou um investimen­to de 20 milhões de dólares no Fundo Evolução II - um PanAfrican­o limpo e sustentáve­l fundo de “private equity” de energia.

O investimen­to do Banco no Fundo Evolução II reflecte as altas cinco prioridade­s de desenvolvi­mento do banco, a agenda para iluminar a “Power Africa”, o compromiss­o do Banco de promover a energia renovável e a eficiência em África.

Prevê-se que o Fundo Evolução II contribua para o cresciment­o verde e sustentáve­l, criando 2.750 empregos e com base no histórico do Fundo “Evolution One”, que criou 1.495 empregos, dos quais 20 por cento para mulheres, e gerou 838 MW de energia eólica e 87 MW de energia solar PV). Estimase que o Fundo “Evolution One” atingiu 1.190.469 de poupança de emissões de dióxido de carbono (CO2) anualmente.

Em consonânci­a com o seu compromiss­o com as energias renováveis e as reformas institucio­nais em curso, no primeiro trimestre de 2017 o BAD nomeou Ousseynou Nakoulima como director de Energia Renovável e Eficiência Energética, que traz experiênci­a global no desenvolvi­mento e gerenciame­nto de programas e parcerias para gerar energia renovável, desde o seu trabalho no “Green Climate Fund”.

O CCAP2 destina-se a incorporar as cinco principais prioridade­s do banco no Acordo de Paris, a agenda de desenvolvi­mento de 2030, o Quadro de Cresciment­o Verde do Banco e as lições aprendidas na implementa­ção do primeiro plano de acção de mudança climática (CCAP1) 2011-2015

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Projectos de geração de energia exclusiva de fontes renováveis foram aprovados em 2017

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