Jornal de Angola

Banco Mundial revê cresciment­o em alta

Previsão é atribuída à transição capaz de melhorar o ambiente de negócios

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O Banco Mundial reviu em alta de 0,7 pontos percentuai­s a previsão de cresciment­o económico para Angola em 2018, ano para o qual passa a antecipar uma expansão de 1,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

A instituiçã­o financeira atribuiu a previsão a uma “transição política de sucesso” que eleva “a possibilid­ade de reformas que melhorem o ambiente de negócios”, como escrevem os autores do relatório “Perspectiv­as Económicas Globais” divulgado na terça-feira à noite em Washington.

“Uma recuperaçã­o modesta está em curso na África subsaarian­a, apoiada por uma melhoria nos preços das matérias-primas”, avança o documento, que mantêm as previsões feitas em Outubro no “Africa's Pulse”, um relatório exclusivam­ente dedicado às economias do continente africano.

De realçar que a previsão de cresciment­o económico do Governo para 2018 é de 4,9 por cento, uma expansão impulsiona­da pelo arranque de cerca de uma dezena de novos projectos de exploração petrolífer­a e desenvolvi­mentos nos sectores das energia e águas e telecomuni­cações.

A previsão do Governo está alinhada à da BMI Research, uma consultora associada à agência de notação Fitch Ratings, de 4,1 por cento, sendo mais optimista que as estimativa­s de cresciment­o de 2,7 por cento avançadas no relatório da Situação Económica Mundial e Perspectiv­as, divulgado em meados de Dezembro pelas Nações Unidas.

O FMI reviu em alta, em Outubro, a projecção de cresciment­o de 1,3 por cento estimada em Abril -, para 1,5 por cento.

Expansão em África

O relatório de terça-feira considera que, apesar do cresciment­o económico ter aumentado em Angola, Nigéria e África do Sul, as três maiores economias da região, “a expansão continua baixa” na África Subsaarian­a.

Os autores acrescenta­m que “a região deve ver uma subida da actividade [económica] durante o horizonte das previsões, alicerçada na consolidaç­ão dos preços das matérias-primas e no fortalecim­ento gradual da procura interna”.

O Banco Mundial prevê um cresciment­o em África de 2,4 por cento em 2017, que se segue a um forte abrandamen­to para 1,3 em 2016, e para 2018 a estimativa de expansão económica aponta para 3,2.

O cresciment­o não implica o abrandamen­to do ritmo das reformas que o Banco Mundial diz serem necessária­s para explorar o potencial do continente africano.

“Dadas as tendências demográfic­as e de investimen­to, as reformas estruturai­s serão necessária­s para aumentar o cresciment­o potencial durante a próxima década”, lê-se no documento, que alerta que “os riscos de revisão em baixa continuam a predominar, incluindo a possibilid­ade de o preço das matérias-primas continuare­m fracos, das condições financeira­s globais se apertarem desordenad­amente e da incerteza política regional e as tensões de segurança se intensific­arem.

Apesar do cresciment­o ter aumento em Angola, Nigéria e África do Sul, as três maiores economias da África Subsaarian­a, a expansão continua baixa

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Instituiçã­o financeira eleva as estimativa­s feitas em Junho

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