Por causa da superlotação as viagens deviam ser mais lentas
nos autocarros é feita de baixo de muitos perigos. A integridade física dos passageiros é quase sempre posta em causa.
Fredy Alves afirma que devido ao excesso de lotação, os autocarros deviam circular de forma mais lenta, mas aqui observamos o contrário: os motoristas aceleram mais e fazem ultrapassagens perigosas. De acordo com a passageira Zinha Madureira, o ambiente no interior dos autocarros e comboios fica comprometido pelo excesso de lotação, daí o calor e mau cheiro, resultante de más condições higiénicas de algumas, sufocar os passageiros.
Para quem não tem outra alternativa, a solução é aguentar-se de pé, apoiado na barra.
Tem sido assim, com a passageira Zinha Madureira, que sugere o aumento de autocarros em Luanda, para diminuir à pressão e o sacrifício dos passageiros.
“Se aumentassem o número de autocarros, o excesso de lotação poderia diminuir. Há muita gente nos autocarros”, expressa.
Além da superlotação, um outro problema compromete a vida dos passageiros de autocarros em Luanda: a falta de bancos nas paragens.
Hamilton Morais, passageiro regular de autocarros, lamenta as condições precárias que encontra nas paragens, sempre que busca pelos serviços das operadoras.
“As paragens não estão sempre em boas condições. Não há um lugar para nós nos abrigarmos do sol, da chuva. Não temos um sítio apropriado para sentar. Onde nós sentamos há sempre senhoras a vender, a fazer muita lixeira. Estamos num lugar precário... mas temos mesmo que esperar”, desabafa.