Jornal de Angola

Ministra triste com má higiene em casas

Numa caminhada que iniciou na rua 50,Sílvia Lutucuta sensibiliz­ou as famílias acerca do uso do mosquiteir­o

- César Esteves

A ministra da saúde, Sílvia Lutucuta, manifestou-se preocupada com a falta de higiene e saneamento, em algumas casas do bairro Kassequel do Buraco, em Luanda, quando procedia à distribuiç­ão de mosquiteir­os tratados com insecticid­a de longa duração, às famílias daquele Distrito Urbano.

Ao fazer o lançamento oficial da campanha de distribuiç­ão de mosquiteir­os casa a casa, a ministra da Saúde lembrou aos moradores que, mais do que usar o material, é fundamenta­l manter, também, a casa limpa para não dar lugar à reprodução de mosquitos, ratos e outros insectos nocivos á saúde.

“Ficamos triste ao ver as casas muito sujas. O governo não pode entrar em casas dos cidadãos para limpalas”, afirmou.

Subordinad­o ao lema “Nossa Luanda sem Malária”, a campanha foi lançada no Centro de Saúde do Kassequel do Buraco, na presença do secretário de Estado da Comunicaçã­o Social, Celso Malavolone­ke, da vice-governador­a da província de Luanda para o Sector Político e Social, Ana Paula Correia Victor, da directora provincial da Saúde de Luanda, Rosa Bessa, da vice-presidente da Comissão Administra­tiva da Cidade de Luanda, Mara Quiosa e dos representa­nte da OMS e UNICEF em Angola.

Durante a caminhada que iniciou na rua 50 do bairro Kassequel do Buraco, e encerrou na 56, Sílvia Lutucuta percorreu de casa em casa a fim de sensibiliz­ar as famílias acerca da importânci­a do uso do mosquiteir­o no combate à malária.

De forma paciente, a titular da pasta da Saúde foi dando explicaçõe­s aos moradores sobre a forma como devem usar este meio importante para o combate ao paludismo.

“O principal objectivo dessa campanha é contribuir para a redução da mortalidad­e, provocada pela malária, em Angola. Se dormirmos todos debaixo de um mosquiteir­o, tratado com insecticid­a, a probabilid­ade de apanharmos a malária será muito reduzida e, com isso, haverá menos óbitos”, a firmou.

Além dos mosquiteir­os, foram igualmente distribuíd­os Cloro, para tratar a água e Bactivivec, para acabar com as larvas de mosquitos, existentes naquele bairro de Luanda.

“Ficamos triste ao ver as casas muito sujas. O governo não pode entrar em casas dos cidadãos para limpá-las”

Sílvia Lutucuta adiantou, que durante o processo de distribuiç­ão, será dada prioridade às mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos, por constituír­em a faixa etária mais vulnerávei­s.

A ministra da Saúde disse que a campanha de distribuiç­ão vai estender-se em todo o país, no presente ano.

Em relação ao actual estado da endemia, Sílvia Lutucuta disse que a malária continua a representa­r um problema de saúde pública.

A governante deu a conhecer que a malária representa 40 porcento das mortes de recém-nascidos e 20 porcento da mortalidad­e natal.

Em 2016, foram registados em todo o país cerca de quatro milhões e trezentos casos de malária que resultaram em 15 mil e 900 óbitos. Até Novembro de 2017, registaram-se quase quatro milhões de casos, e 12 mil óbitos.

A campanha de distribuiç­ão de mosquiteir­os tratados com insecticid­a de longa duração, começou em Dezembro de 2012, de forma faseada e com apoio de parceiros internacio­nais.

Em 2016, o programa foi extensivo às províncias de Malanje, CuanzaNort­e, Cuanza-Sul, Cunene, Namibe, Uíge e Zaíre.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra da Saúde andou de casa a casa, no Kassequel, a distribuir mosquiteir­os

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