Jornal de Angola

Abrem hoje as matrículas no ensino geral

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As matrículas para o ensino geral começam hoje e vão até sexta-feira, 19, em todas as escolas públicas do país. Uma fonte do Jornal de Angola informou que directores de escolas não estarão a apresentar as reais vagas existentes para o presente ano lectivo e acusa a área de inspecção de não estar a desempenha­r o seu verdadeiro papel.

As matrículas para o ensino geral começam hoje e estendem-se até sexta-feira, 19, em todas as escolas públicas do país, com o número de vagas reduzidas. Uma fonte do Jornal de

Angola informou que os directores de escolas não estão a apresentar as reais vagas existentes, colocando “pontas de lança” para fazerem o trabalho de recolha ilegal de dinheiro aos candidatos.

Ao defender que se devia voltar ao antigo sistema de exames de aptidão, a fonte disse que quando as escolas têm 500 vagas, algumas direcções apresentam, publicamen­te, metade destas vagas e as restantes são comerciali­zadas.

A fonte acrescenta que a área de inspecção não tem desempenha­do o seu verdadeiro papel para pôr fim à corrupção no sistema de ensino. “A falta de escolas tem sido uma das grandes razões do aumento da corrupção no ensino”, disse a fonte, salientand­o que o fim das cobranças de matrículas e confirmaçõ­es ainda não são o fim dos grandes males da educação. Em declaraçõe­s ao Jornal

de Angola, o secretário de Estado para o Ensino Préescolar e Geral, Joaquim Cabral, disse que o país teve no ano lectivo passado cerca de dois milhões de crianças fora do sistema de ensino.

Perante as deficiênci­as observadas no ensino, a fonte indica que a legião de crianças fora do sistema do ensino vai aumentar neste ano lectivo.

Actualment­e Angola necessita de mais de 200 mil professore­s. Em 2016, o país contava com 17.028 escolas do ensino geral, sendo 1.074 do II ciclo do ensino secundário, 2.608 do I ciclo e 13.346 do ensino primário.

O relatório do Ministério da Educação referiu que, nos últimos cinco anos, a taxa de crianças fora do sistema normal de ensino no país reduziu de 21,2 por cento para 12,5.

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